É bem verdade que o governador do Maranhão, Flávio Dino, tem ficado marcado pela forma como tem transferido a responsabilidade para outros durante essa pandemia, mas pode fazer ainda pior com uma eventual flexibilização, que contradiz todo o seu discurso diante da crise da Covid-19.

O comunista tem ensaiado uma flexibilização do isolamento social a partir do seu próximo decreto, previsto para quinta-feira (21). A ideia de Flávio Dino é começar, progressivamente, a reabertura do comércio.

No entanto, a iniciativa do governador é contraditória ao seu discurso. Desde o início, enquanto muitos questionavam economicamente a decisão de um isolamento horizontal, o comunista disse que a preocupação seria com o bem maior: a vida dos maranhenses.

Só que justamente agora, quando o ápice não foi alcançado no Maranhão e os números seguem assustadores, o comunista fala em flexibilização. O número de mortes segue alto. Somente nos últimos seis dias, a média é de 27 óbitos em 24 horas, a última vez que um boletim registrou um número abaixo de 25 mortes, foi no dia 12 de maio, com 21 óbitos.

Além disso, no boletim de segunda-feira tivemos o recorde de casos registrados no Maranhão. Desde o início da pandemia, foi justamente ontem que o estado teve o maior número de novos casos em 24 horas, quase mil, mais precisamente foram 961 registros.

Ou seja, mesmo com tudo isso, Flávio Dino demonstra e até afirma que está disposto a flexibilizar as medidas restritivas.

O que fez Flávio Dino mudar de discurso??? Como que alguém que desdenhava da economia em prol das “vidas dos maranhenses”, demonstra agora o contrário, justamente no pior momento da pandemia no estado???

Na maioria dos estados, que inclusive começaram a agir primeiro que o Maranhão, as medidas restritivas seguem, alguns inclusive as prorrogando.

É aguardar e conferir, mas essa nova contradição do comunista pode ser extremamente perigosa.