Por Joaquim Haickel
Foi ótimo ter aprendido a jogar paciência, e a canalizar a energia que a filosofia que esse jogo proporciona e ensina, para quem o pratica e a conhece. Ainda assim, algumas vezes, a paciência me falta, pois ela não é uma coisa comum à natureza humana. Ela precisa ser cultivada. Eu preciso muito cultivá-la.
Já comentei que alguns amigos meus, dos dois lados deste campo de batalha que se transformou a vida nacional, têm forçado um pouco a barra, no ataque e na defesa de suas posições políticas, desprovidas de qualquer capacidade de pelo menos ouvir, tentar entender e ponderar os argumentos das outras pessoas. Não lhes falta só a tão necessária tolerância, falta-lhes um pressuposto anterior a ela, a mera audição dos argumentos, com paciência e boa vontade.
Como se não bastasse isso, os políticos, em todos os âmbitos, em todas as esferas, de todas as tendências, indistintamente, parece que enlouqueceram. Não consigo identificar um único que não esteja comprometido com o erro e a incoerência. É triste.
Como se não bastasse tudo isso, o ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, a corte constitucional brasileira, em um despacho recente, determinou que se as testemunhas de um determinado processo “deixarem de comparecer, sem justa causa, na data por elas previamente ajustada com a autoridade policial federal, perderão tal prerrogativa e, redesignada nova data para seu comparecimento em até 05 (cinco) dias úteis, estarão sujeitas, como qualquer cidadão, não importando o grau hierárquico que ostentem no âmbito da República, à condução coercitiva ou debaixo de vara”.
Não vejo problema quanto ao despacho em si, mesmo que dentre as testemunhas estejam três generais de quatro estrelas do exército brasileiro, um deles inclusive na ativa. Acredito ser descabido, ofensivo e desnecessário, exatamente por si tratar de testemunhas, além do que serem pessoas acima de qualquer suspeita.
Absurdo maior ainda consiste no fato deste mesmo ministro ter votado anteriormente contra o uso da condução coercitiva, que segundo ele, na sustentação de seu voto, é uma medida inconstitucional que atenta contra os direitos do cidadão. Mais que isso, em seu voto o ministro diz que caso algum magistrado use o estatuto da condução coercitiva, este deve responder por essa grave ofensa aos preceitos constitucionais.
O que está acontecendo em nosso país são verdadeiras avalanches de absurdos, iniciadas nos mais diversos setores, principalmente nos três poderes da república, todos cruciais para o bom andamento das atividades que gerenciam nossa grande nação.
Correção e coerência são coisas que parecem não se encontrar nas ações, não só do nosso aloprado presidente da república, que ao que parece sempre age motivado por seus filhos, que são completamente idiotas, e por alguns de seus apoiadores tresloucados, como também não costumam frutificar no que dizem e fazem os presidentes da Câmara e do Senado Federal, apoiados por deputados e senadores sem o menor bom senso, e o que é pior, isso também ocorre com os ministros de nossa suprema corte, que não de hoje, resolveram intervir politicamente, não apenas sistematicamente legislando, função que não lhes é conferida pela constituição, mas fazendo com que o pêndulo que define a independência e harmonia entre os poderes, incline-se mais para um lado, tornando pensa a mesa que deveria garantir o equilíbrio entre eles.
Olho para tudo isso e a sensação que tenho é de estar em um pesadelo ou em um filme daqueles de conspiração, onde cada ação de um personagem é motivada premeditadamente a levar a uma consequência específica, desejada por alguém que manipula todos os cordões da trama, só que no meio do tal filme, a tela fica escura, ouve-se um som grave, como de algo pesado caindo, barulho de película quebrando e batendo contra o carretel que gira. Ao voltar a aparecer a imagem na tela o que vemos é uma comédia, meio pastelão, meio de erros, tipo “Apertem os cintos, o piloto sumiu”…
As coisas estão ruins e piorando, mas sou otimista, elas vão melhorar. Têm que melhorar! Pior que estão, não podem ficar!…
Estamos é lascado com os nossos comandantes federal, estadual e municipal. Fim da linha para esse nível de políticos
Agora Joaquim Haickel acertou : é um Tiririca mesmo , e de segunda categoria.
O Ex ministro Saulo Ramos que indicou o Celso de Mello ao ex Presidente Sarney o conhece muito bem, que o retratou em seu livro.Amigos não esquecem dos Amigos.
Parabéns pelo texto, uma grande reflexão dos dias tenebrosos que infelizmente estamos vivenciando na tão combalida República do Federativa presidencialista e democrática do Brasil, onde todos querem mandar..
A enorme destruição da economia e da ética moral trazida pelo incompetente e ideológico governo da esquerda, trouxe o contraponto disso que foi uma direita radical, paranóica e irresponsável. O Brasil elegeu Jair Bolsonaro com raiva do PT e este se mostra incapaz de melhorar as coisas. Pelo menos Bolsonaro não tenta destruir a economia com a esquerda sempre faz!
O Governo Bolsonaro tem trabalho muito e com competência, não tem nenhum Ministro pé de rato, só Ministro bom, a parte Politica fica por conta do Presidente.Enquanto ele distrai a Extrema imprensa e os Politicos, seus Ministrostrabalham sem serem incomodados .Estratégia usada mo futebol pelos técnicos experientes.
Comunistas aloprados: Márcio camarada Jerry, a sua capacidade de observar o governo federal me inpreciona, ao chegar ao ponto de dizer, que está na hora do Bolsonaro deixar o comando. Me responda, o q me diz de pelo menos, o seu parceiro Flávio Dino cuidar do do seu desgoverno com o estado colapsado em desvios de recursos públicos e parar de perseguição ao gov federal?
Os Guardiãns rasgaram esse tal Constituição, e a gora os amofadinhas intelectualizados de mãos finas resolvaram avacalharem de vez com essa tal Democracia, e vão saquearem a nação cara dura. Só restar ao Gigante Brasil, impor lei da ordem “dente por dente e olho por olho”.
Nessa condição em que o Brasil se encontra, onde os poderes, de harmônicos, livres e independentes não tem nada. Onde o judiciário não julga é cria leis e normas no lugar do legislativo, em uma situação tripolar entre os poderes, acho que os generais deveriam ter mandado esse Velho ordinário partidarista meter a “vara” no c* DELE! Pronto, acho que no final da situação o tal ministro ficaria mais desmoralizado em final de carteira e as forças armadas maus fortes. E aguardava a rebordosa, queria ver no que ia dar . Ate novembro o gagá se aposenta mesmo.
O termo conduzido sobre vara é um termo jurídico como muitos, e foi usado estrategicamente pelo ministro na direção específica de uma Certa camada da sociedade que, em tempos nebulosos como estes, podem achar que estão acima dos poderes constituídos e que não deveriam se dobrar a lei e a constituição. Achei importante o seu uso porque gera lembretes a quem ousa esquecer que é a sociedade civil e seus poderes constituídos são os geradores das demandas das quais o exercito e seus generais são apenas um braço de apoio, braço forte, diga-se de passagem, mas que não deve fugir do controle do cérebro, no caso nós, sociedade civil. A partir dessa compreensão e evitando sempre os exageros, todo o resto se enquadra naturalmente, até mesmo o caminho natural de que qualquer gestor público está sujeito as regras específicas de impedimento, caso preencha requisitos específicos. Não importa se tratar de um psicopata da direita ou da esquerda. Isto, apesar das angústias inevitáveis e diárias, nos deixa um pouco mais confiante que mesmo que possam fazer parecer o contrário, temos ao nosso lado mecanismos para combater, no combate, o ardil de alguns aventureiros
Celso de Mello desempatou na votação de abuso de autoridade quando estava empatado 5×5 e ele considerou que não deveria ser levado debaixo de vara, condução coervitiva, verifique, vetifique o último parágrafo do tecto do Editor.