Desde 21 de março, quando foi anunciado o primeiro caso confirmado de Covid-19 no Maranhão, o esperado era que o número de casos aumentasse. A equipe técnica do Governo do Estado fez até projeção informando que o pico da doença no Maranhão deveria ser ainda na primeira quinzena de abril.

Os casos foram aparecendo concentrados na Ilha de São Luís, que hoje tem mais de 5 mil pessoas com o vírus após testagem.

Com isso, duas situações deixaram a “guarda” dos municípios do interior do estado aberta para a proliferação do novo coronavírus: a primeira foi a decisão do governador Flávio Dino de afrouxar o isolamento, deixando para os prefeitos a decisão sobre fechamento de atividades não essenciais.

Na época, Dino comentou que não poderia determinar que todos os municípios fechassem parte do comércio porque havia municípios que não tinham casos de Covid-19. Isso aconteceu em abril.

Outra situação que deixou de “guarda baixa” o interior foi o foco do governo estadual, na área da saúde, para a Ilha de São Luís. Nesse caso, seria o lógico porque os casos estavam concentrados nos quatro municípios da Grande de São Luís.

Sem medidas que garantissem o isolamento real – que os especialistas afirmam ser a melhor arma contra o novo coronavírus – e sem uma rede hospitalar adequada, as cidades do interior do estado começam a temer o que poderá acontecer, já que os casos só aumentam por lá.

E o governo? Agora começou a correr atrás para organizar o sistema de saúde, que antes da pandemia já não era mantido de forma adequada pelas prefeituras.

São mais promessas de hospitais e de leitos, enquanto o vírus se espalha e já vitimando centenas de pessoas fora da capital.

Estado Maior