No início da semana, durante entrevista coletiva, o governador do Maranhão, Flávio Dino, pareceu “lavar as mãos” sobre a problemática da volta as aulas presenciais depois do dia 12 de maio, quando termina o decreto que vai proibindo essas aulas.

O governador assegurou apenas que as aulas da rede pública estadual não devem voltar, mas deve deixar a critério dos prefeitos o retorno ou não das escolas públicas municipais. Já para as escolas particulares, o comunista quer que exista um entendimento entre pais de alunos e donos de escolas, para a volta as aulas presenciais ou não. Ou seja, Dino vai sempre transferindo a responsabilidade ao invés de agir, principalmente afirmando que ainda estamos numa crescente de casos.

No entanto, o entendimento do secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, parece ser bem diferente do pensamento de Flávio Dino. Durante entrevista nesta quinta-feira (30), ao titular do Blog, no programa Ponto Final, na Rádio Mirante AM, o secretário afirmou que é uma temeridade a volta as aulas em maio e que como pai, não enviará seus filhos para as escolas.

Carlos Lula afirmou ainda que a volta das aulas iria agravar o número de casos da doença, principalmente no mês que devemos ter maiores dificuldades.

“Em relação à volta às aulas, eu sou pai de duas crianças. Ainda que a escola deles voltem, eles não voltarão às aulas. Não há a menor condição da gente voltar as aulas em maio com segurança, pelo contrário vai ser o pico de casos no estado, a não ser que a gente queira o contágio de forma descomunal de crianças, adolescentes e profissionais da educação. O mês de maio será duríssimo. Se a gente conseguir passar maio, muito provavelmente a partir de junho, teremos a diminuição de pessoas contaminadas no estado. Nós não temos condição neste momento de voltar as aulas”, finalizou.

Inegavelmente, uma resposta sensata e coerente, bem diferente do posicionamento do governador.

Resta saber é se o comunista manterá o entendimento de “lavar as mãos”, igual Pôncio Pilatos, ou seguirá a opinião do seu secretário de Saúde. É bom lembrar que Dino, por diversas vezes criticou o presidente da República, Jair Bolsonaro, por não seguir as orientações do seu ministro da Saúde.

É aguardar e conferir.