A curva de contaminação do novo coronavírus no Maranhão vem subindo em grupos maiores de 100 pacientes por dia.

E já faz certo tempo estes saltos. O resultado é um estado com a sexta maior taxa de contaminação do Brasil, perdendo somente para são Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco e Amazonas, segundo dados do Ministério da Saúde.

Estados com população maior, a exemplo de Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul, estão com menos casos confirmados da Covid-19 que o Maranhão.

É necessário perguntar: por que o Maranhão sobe mais no número de contaminados que estados como a Bahia, que tem o dobro da população? Quais os erros cometidos por aqui?

Desde o início dos alertas sobre a chegada do vírus no Brasil que as medidas estão sendo tomadas no Maranhão, determinando o isolamento social, suspendendo aulas e funcionamento de parte de comércio e serviços públicos.

Mas ao que parece, os dados iniciais mostravam o falso cenário de controle dos casos da Covid-19 em terras maranhenses. Abertura de comércio foi flexibilizado, filas eram formadas para recebimento de cesta básica, de vacinas e auxílio emergencial nas agências bancárias.

A falta de fiscalização, aliada a pouco, ou quase nenhuma consciência da população, além da pressão de empresários atendida pelo Poder Público, levaram o Maranhão a ficar entre os primeiros num ranking ruim. São mais de 2,5 mil contaminados. Números de mortos a cada 24 horas só aumentam.

Sistemas de saúde público e privado estão saturados. E só cresce o número de pessoas que lotam o fragilizado atendimento em UPAs e hospitais destinados ao atendimento dos contaminados pelo novo coronavírus.

Dias melhores para a saúde é o anseio de todos. Entre as lições da pandemia, que haja cura definitiva para problemas crônicos do sistema de saúde pública no Brasil.

Estado Maior