A morte de um idoso com por Covid-19 no fim de semana expôs, agora no Maranhão, mais um dos grande problemas que a nova doença tem provocado em sistemas de saúde de todo o mundo: a rapidez com que o novo coronavírus se prolifera tem tornado praticamente impossível garantir a todos os doentes leitos de UTI para o tratamento.

No sábado, 25, José de Ribamar Santos Rodrigues, um idoso de 78 anos, com histórico de diabetes e hipertensão, morreu na UPA da Cidade Operária, aguardando transferência para uma UTI, onde poderia ter acesso a um respirador.

O caso revoltou a família e chocou os ludovicenses, porque contrasta com a versão oficial sobre a oferta de leitos de UTI exclusivos para pacientes de Covid-19.

Segundo informou a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio de um boletim epidemiológico, a taxa de ocupação dos leitos de UTI exclusivos para infectados pelo novo coronavírus em São Luís era, naquele dia, de 90%.

Em tese, deveria haver outros 10% disponíveis para os pacientes graves – José de Ribamar era paciente “muito grave”, de acordo com uma guia de regulação de leitos divulgada pela família.

Além disso, o governo tem anunciado, dia a após dia, a inauguração de novos leitos, clínicos e de UTI, para atender à demanda gerada pela pandemia.

Mesmo assim, José de Ribamar morreu, sem ser encaminhado ao tratamento intensivo.

A questão é: há, ou não há leitos?

Estado Maior