A polêmica envolvendo os 107 respiradores que foram comprados por empresas e pelo governo estadual ainda deve continuar. A Receita Federal vai processar os envolvidos (“pessoa física ou pessoa jurídica”) por ilegalidades na chegada dos aparelhos no Brasil. O governo alugou um avião para trazer os respiradores sem passar pelo órgão e cumprir protocolos que envolvem até a Vigilância Sanitária.

A decisão da Receita em apurar a ilegalidade veio após informação divulgada no jornal Folha de São Paulo de que o governo do Maranhão fez uma operação de guerra para conseguir trazer os respiradores até o estado.

Operação já confirmada e reconfirmada pelo governador Flávio Dino (PCdoB) e seus secretários. O problema é que ilegalidades foram cometidas. Mesmo que tenha sido por uma boa causa.

Os agentes públicos envolvidos na “megaoperação de guerra” disseram que, se precisassem, fariam de novo. Em nota, foi o que disse Simplício Araújo, secretário estadual de Indústria e Comércio.

O gestor da Saúde, Carlos Lula, disse que responderá e não se arrepende.

Em outro tom, Dino preferiu dizer que não há irregularidade em querer salvar vidas e resumiu todo o procedimento da Receita Federal a “perseguição política”.

Talvez, se não houvesse a espetacularização da chegada dos necessários respiradores, o órgão poderia ter feito vista grossa devido ao momento.

Estado Maior