O Instituto Escutec e O Estado trazem uma pesquisa que mostra como a população de São Luís encara a situação do surto do novo coronavírus. A questão central, nos primeiros números, é quanto o apoio ao isolamento social. Pessoas que não são do grupo de risco deveriam voltar a trabalhar? O comércio de produtos não essenciais devem ser reabertos?

A Escutec/O Estado mostrou que 75% da população da capital maranhense defende que as pessoas – mesmo quando não são do grupo de risco – devam permanecer em casa. Somente 23% disseram que devem voltar a trabalhar.

O percentual é o mesmo quanto à reabertura do comércio dos chamados produtos não essenciais. A maioria defende que esse tipo de atividade comercial deve permanecer fechada.

Claro que os dados sobre o isolamento social tem reflexo direto no que acham os entrevistados sobre o desempenho do presidente da República, Jair Bolsonaro, e do governador do Maranhão, Flávio Dino.

Em lados antagônicos neste período de crise sanitária, tem aprovação de desempenho o maranhense, que defende – e editou várias medidas – o isolamento social. Dos ouvidos, 62% disseram aprovar o que vem fazendo o comunista.

Já Jair Bolsonaro, que quer o chamado “isolamento vertical” – que colocaria nas ruas de volta as pessoas que não são do grupo de risco – tem o desempenho desaprovado por 63% da população de São Luís.

Continua aumentando – Mesmo com o apoio da população ludovicense às medidas restritivas editadas pelo governador Flávio Dino, ainda há funcionamento de comércio não essenciais em bairros.

E ainda há muitas pessoas aglomeradas nas ruas. Festas e até partidas de futebol são comuns em São Luís.

O resultado é o aumento considerável dos casos da Covid-19 na capital. Pelos dados divulgados na sexta-feira, 17, mais de 800 casos da doença já confirmados em São Luís.

Mais casos – A maior parte dos casos do novo coronavírus está em São Luís. Em todo o Maranhão, o número de casos ultrapassou as 1.000 pessoas com Covid-19.

São 147 casos a mais em 24 horas, considerando os dados da quinta-feira, 16, e sexta, dia 17. Em uma semana, foram registrados 700 casos a mais em todo o estado.

Do número de óbitos, em uma semana, saiu de 21 para 44, um aumento de mais de 100%.

Estado Maior