Em tempo de Covid-19, cada dia que se encerra vem com números que em nada devem ser comemorados. No Maranhão não vem sendo diferente. Os dados mostram que os casos vêm aumentando. Apesar de a quantidade oficial de infectados pelo novo coronavírus, o governador Flávio Dino trouxe uma informação mais preocupante: as contaminações já são comunitárias

Isso significa que não há mais um controle da cadeia de contaminação. Explicando: o governo não tem mais como afirmar se os infectados tiveram contato com alguém de fora e passou para um número fechado de contatos mais próximos.

A contaminação comunitária, segundo disse o governador maranhense, pode já ter resultado na infecção de mais de 200 pessoas no estado todo. E isto, então, significa que existem pessoas no Maranhão que já estão com o novo coronavírus e nem sabem.

E diante disso, o comunista decidiu prorrogar por tempo ainda indeterminado o fechamento de escolas e faculdades tanto da rede pública quanto da privada e ainda manter – ainda esta semana, pelo menos – o comércio fechado.

Pode até abrir na próxima semana, mas não há certeza. Vai depender da curva que mostra as contaminações subindo ou descendo.

E para esta curva achatar ainda mais, não bastam apenas medidas do poder público. A sociedade precisa se envolver dotando a única ação reconhecidamente pelos cientistas que é o isolamento social.

Flexibilização – Parece que a pressão dos empresários do Maranhão começa a surtir efeito. Em entrevista coletiva na manhã de ontem, 30, o governador Flávio Dino (PCdoB) admitiu abertamente a possibilidade de reabertura “gradativa” do comércio.

Segundo ele, caso a caso será analisado. De acordo com Dino, tudo dependerá da curva de casos da Covid-19 no Maranhão.

Ainda de acordo com o comunista, a cada semana, serão analisados os números e, de acordo com os dados, a abertura do comércio pode ocorrer de forma gradativa.

Deu sinais – Nas redes sociais, o secretário de Estado da Indústria e Comércio (Seinc), Simplício Araújo, já havia demonstrado preocupação com o andamento das finanças do Estado.

Em postagem do dia 24 deste mês, o gestor conclamou governadores e prefeitos para buscarem alternativas que possam “salvar a economia”.

Dois dias depois, 26, a pasta que ele administra encaminhou nota às entidades do comércio solicitando os pedidos de reabertura. De acordo com Simplício, cada caso será analisado pelo setor técnico.

Estado Maior