Como este Blog não só já disse repetidas vezes, como também já demonstrou, coerência não é, nem de longe, uma característica do político Flávio Dino, mas o comunista segue se superando.

Alguns estados da chamada Amazônia Legal, nesta quarta-feira (12), reclamaram da retirada dos governadores do Conselho Nacional da Amazônia Legal. O governador do Maranhão, em entrevista à TV Mirante, criticou a postura do presidente da República, Jair Bolsonaro, em retirar os governadores do conselho.

“É um método geral do governo Bolsonaro, infelizmente. Uma visão extremista, belicista, de afastamento de setores sociais, políticos e econômicos e isso não é bom para a democracia brasileira”, finalizou.

A crítica, à princípio, pode ser justa, mas o problema é quem a faz. O governador Flávio Dino está longe de ser o político ideal para tal crítica, já que fez bem pior com boa parte dos conselhos aqui no Maranhão. O Blog destacará e relembrará apenas alguns exemplos.

O Governo do Maranhão, através do Projeto de Lei 126/2017, criou o Conselho Universitário do Maranhão. Só que o projeto foi alvo de críticas, pois pela proposta inicial não previa a participação de alunos e muito menos uma escolha democrática de professores para o Conselho Universitário.

Por meio de uma Medida Provisória, instrumento que ele condenava a utilização quando era deputado federal, resolveu modificar abruptamente o Conselho Estadual de Esporte e Lazer e alterar o Fundo Estadual de Esporte. Dentre as alterações estavam a exclusão de representantes de federações estaduais de esporte amador; dos clubes profissionais do estado do Maranhão; entidades de pessoas com deficiência, além do representante da imprensa esportiva.

“O Conselho tinha em sua composição 11 membros e agora, com a edição dessa Medida Provisória, só tem sete. O presidente do Conselho que antes era eleito pelos seus membros passou a ser diretamente o secretário estadual de esportes, independente de mandato. O mais grave é que foi retirada pela MP a expressão ‘maioria de representantes da sociedade civil’. Ou seja, o governador vem mais uma vez comprovar a sua alergia quanto à participação popular em conselhos”, criticou o então deputado estadual Eduardo Braide à época.

Do Conselho da Polícia Civil, o governador Flávio Dino, que posa de democrático para o Brasil, resolveu retirar o representante dos delegados (ADEPOL), da associação dos servidores (ASPCEMA), do sindicato dos policiais (SINPOL) e da associação dos peritos criminais (APOTEC).

Além disso, quando da composição do IPREV e do Conselho do FUNBEN, o Governo Flávio Dino foi acusado pelos servidores públicos estaduais de não debater o assunto com a categoria.

E esses foram apenas alguns, de inúmeros exemplos, que poderiam ter sido dados da postura de Flávio Dino diante da maioria dos conselhos aqui no Maranhão.

Sendo assim, Flávio Dino está apenas e simplesmente provando do seu próprio veneno, afinal, pimenta nos olhos dos outros é refresco.

No fim de tudo é simples assim: Flávio Dino sendo Flávio Dino. Ou seja, é um Dino lá e outro Dino, bem diferente, cá.