O presidente da República, Jair Bolsonaro, insiste na ideia de redução de alíquotas do Imposto sobre Circulação de Serviços e Mercadoria (ICMS). Ele já até anunciou que vai enviar proposta ao Congresso Nacional para deixar o valor da cobrança do imposto fixo. Com tantas falas e declarações e ainda manifestações nas redes sociais do presidente, o que se estranha é o silêncio do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), crítico costumeiro do comandante do Palácio do Planalto.

Por enquanto, de todos os governadores, somente o do Rio de Janeiro (Wilson Witzen) e de São Paulo (João Dória) se manifestaram a respeito das intenções de Bolsonaro para reduzir imposto dos combustíveis.

Mas qual seria o motivo para o silêncio do comunista e também de seus aliados? A resposta é simples: imposto nunca foi um tema confortável para o governo do Maranhão. E nunca foi porque em cinco anos de gestão, as alíquotas do ICMS foram reajustadas três vezes sendo duas somente para a gasolina.

E com tantos aumentos no ICMS para o combustível, o resultado não poderia ser outro se não a arrecadação do Maranhão está sentada neste tributo. Segundo levantamento do jornal Folha de são Paulo, que foi publicado na edição de ontem, o ICMS da gasolina e do diesel no estado representa quase 31% de tudo o que é arrecado com o tributo.

Por sinal, segundo o matutino, é o maior do Brasil.

Por esses dados, não há motivo algum para que qualquer maranhense vislumbre a possibilidade de o governo do Maranhão reduzir – muito menos zerar – o ICMS do combustível.

Estado Maior