O clima não ficou nada bom entre o PCdoB e o PT. E tudo por pura culpa do governador do Maranhão, Flávio Dino, que está atropelando o processo eleitoral e atrapalhando a tentativa da esquerda de voltar ao poder. Esta é a interpretação de petistas e até de aliados do governador.

Desde o início do segundo mandato, Dino decidiu colocar em prática seu projeto pessoal que é ser presidente do Brasil. Para isso, o comunista vem pulando etapas e tentando ser o foco do debate sobre a sucessão presidencial. Uma estratégia pós outra.

Primeiro, antes do ex-presidente Lula deixar a prisão, Dino vestiu a roupa de defensor do petista e o principal opositor do presidente Jair Bolsonaro. Quando o ex-presidente deixou a prisão e não deu a atenção que Flávio Dino esperava, o governador maranhense colocou parte de sua tropa de choque (entre familiares, aliados no Maranhão e também no PCdoB nacional) para atacar o PT e Lula também.

A estratégia não surtiu o efeito esperado e Dino decidiu criar uma tese de que é necessária a aliança com outros campos políticos que vai da esquerda, passa pelo centro e chega até a direita. Para isso, a tática de plantação de informações duvidosas foi posta em prática.

Mas a ideia não foi bem recepcionada pelo PT, que após ataques dos comunistas, decidiu reagir. Em entrevista Lula deixou claro o tamanho do PT e do PCdoB.

Flávio Dino decidiu então usar outra estratégia: desta vez queria forçar o PT a declarar um possível apoio a ele nem que para isso tivesse de deixar o PCdoB e voltar ao PT.

Mais uma vez, a tática do comunista acabou desconstruída pelo ex-presidente Lula, que em postagem direta e nominal deixou claro que não convidaria Flávio Dino para ingressar no PT.

No fim, o único resultado que o governador do Maranhão conseguiu até o momento foi causar enfraquecimento ao seu já frágil partido e também na relação histórica que os petistas tinham com os comunistas.

Estado Maior