O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), não tem do que reclamar quando o assunto é dinheiro. A gestão dele termina 2019, como se diz no popular, “de bolso cheio”.

Além de R$ 30 milhões, dos R$ 430 milhões acordados nos autos da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 568 – que destinou aos estados parte dos R$ 2,6 bilhões do chamado “Fundo Petrobras”, oriundos da recuperação, pela Lava Jato, de recursos desviados da estatal brasileira -, o governo maranhense ainda deve receber, até o fim do dia de hoje, algo em torno de R$ 280 milhões referentes à cessão onerosa do pré-sal.

A informação, como revela reportagem de O Estado na edição desta segunda-feira, 30, já foi confirmada pela própria administração estadual.

No total, ainda no apagar das luzes deste ano, são aproximadamente R$ 310 milhões que cairão nas contas do Estado e que reforçarão o orçamento da gestão Dino.

Em meio à crise financeira que atinge diversos estados brasileiros – alguns com claras dificuldades de pagar salários e benefícios dos seus servidores -, o Maranhão vai escapando, e bem, com a ajuda desses recursos extra, enviados pela União.

Os valores, segundo apurou a coluna, devem ser utilizados pelo governador maranhense para garantir o necessário reforço financeiro à já combalida Previdência estadual e, assim, evitar a quebra do sistema.

Venha a nós – O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), notabilizou-se nos últimos anos como um ácido crítico dos procedimentos da Lava Jato de Curitiba.

Agora, comemora um feito da operação que lhe será diretamente benéfico: o Maranhão receberá pouco mais de R$ 30 milhões do chamado “Fundo Petrobras”.

O dinheiro é parte dos R$ 430 milhões dos R$ 2,6 bilhões depositados judicialmente pela estatal em uma conta vinculada à 13ª Vara Federal de Curitiba após acordo com a Lava Jato.

Estado Maior