A Rua Grande, em São Luís, sempre foi alvo de críticas devido à desordem do comércio informal, que disputava espaço no local com lojistas. Após a reforma da principal via do comércio popular da capital, a Prefeitura iniciou um processo de disciplina que, pelas leis vigentes, proíbe a permanência dos camelôs no espaço público.

Esse processo teve início desde antes da reforma ser iniciada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Ficou acertado que, após o término das obras, os ambulantes seriam transferidos para galerias no Centro e nas ruas transversais à Rua Grande.

O problema é que o acordado não vem sendo cumprido, e operações do Município, por meio da Blitz Urbana, estão sendo constantemente realizadas.

O objetivo é somente um: fazer cumprir a lei. Colocar na prática o que prevê a legislação sobre o ordenamento urbano.

Claro que, por se tratar de uma questão social que envolve trabalhadores, políticos aproveitam a situação para incentivar o descumprimento da lei. Sempre instigando o sindicato desta categoria (ou os próprios camelôs) a defender a volta dos ambulantes à Rua Grande.

Uma “guerra” política devido à proximidade das eleições do próximo ano que, infelizmente, em nada contribuiu com a sociedade, com os lojistas e os trabalhadores – sejam os formais ou informais.

A Prefeitura de São Luís deve manter as operações até que os camelôs compreendam a existência da lei. Ficando na Rua Grande, eles estão ilegais, o que os deixa passíveis de sanções.

Omissão – Quem não se manifesta sobre a insistência dos trabalhadores informais em venderem seus produtos na Rua Grande é a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL).

Mesmo representando os empresários, a CDL não tem opinado sobre a falta de ordenamento causado pelos camelôs.

É, no mínimo, estranho o silêncio, já que, na prática, os lojistas são os mais atingidos com tanto comércio informal na Rua Grande.

Estado Maior

Nota da CDL

Em relação à nota intitulada “ É preciso cumprir a lei”, publicada na edição desta quinta-feira (5), na coluna Estado Maior, esclarecemos que não foi solicitado da Câmara de Dirigentes Lojistas de São Luís (CDL) posicionamento sobre o assunto. No entanto, todas as vezes em que se manifesta sobre o tema, a entidade externa sempre a necessidade de ações do poder público para disciplinamento do comércio informal.