Quando assumiu a presidência do Conselho de Ética da Câmara Federal, ainda em maio deste ano, o deputado federal Juscelino Filho (DEM-MA) talvez não imaginasse que teria tantas “broncas” pela frente, principalmente logo nos primeiros seis meses.
Logo no início deste mês, o Conselho de Ética foi acionado pelo episódio envolvendo o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), sobre a possibilidade um eventual novo AI-5.
Alguns partidos da esquerda levaram o caso ao Conselho de Ética, querendo a cassação por quebra de decoro parlamentar do filho do presidente da República, Jair Bolsonaro.
Menos de 15 dias depois, mais uma bronca e novamente envolvendo um deputado do PSL de São Paulo, agora o deputado Coronel Tadeu, que na terça-feira (19), quebrou a placa de uma exposição da Câmara Federal que exibia o desenho de um policial com revólver na mão e um jovem caído no chão com o título “O genocídio da população negra”.
O parlamentar justificou que sua atitude, já condenada pelo próprio presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi na defesa dos policiais militares, que naquele quadro estavam sendo criminalizados.
A justificativa não parece ter sido suficiente, pois pelo menos quatro deputados já confirmaram que irão levar o caso para o Conselho de Ética, presidido pelo maranhense.
Apesar das broncas, Juscelino Filho tem mentido uma postura equilibrada e coerente.
“Vamos analisar todos os casos com total isenção e sem nenhum corporativismo, independente de quem seja. Precisamos entender que não dá para considerar que tudo está protegido pela imunidade parlamentar. Todo e qualquer caso será apreciado, não apenas por mim, mas por todo o Conselho de Ética”, tem dito Juscelino Filho.
É aguardar e conferir.
A bronca maior desse aí é lidar com o pai fora-da-lei .