Outros episódios que aconteceram durante a votação da “Reforma da Previdência” de Flávio Dino, nesta terça-feira (19), merecem ser destacadas no Blog e confirmam que a insatisfação da base governista no parlamento estadual segue aumentando.

O primeiro deles foi a saída em bloco dos quatro deputados estaduais do PL – Hélio Soares, Detinha, Vinícius Louro e Leonardo Sá – que deixaram a sessão e se recusaram a votar a “Reforma da Previdência” de afogadilho.

O PL no Maranhão é comandado pelo deputado federal Josimar de Maranhãozionho, que, depois de ter sido o deputado estadual mais votado em 2014 e o deputado federal mais votado em 2018, almeja uma disputa para o campo majoritário em 2022.

O gesto dos deputados do PL foram vistos como um recado para o governador do Maranhão. Nos bastidores, os governistas tem reclamado costumeiramente do tratamento que tem recebido do Palácio dos Leões.

Arnaldo – O ex-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (MDB), também se recusou a votar nesta terça-feira a “Reforma da Previdência.

De maneira equilibrada e coerente, Arnaldo Melo deixou claro que não poderia votar algo tão importante, sem ao menos ter o conhecimento mais aprofundado do assunto, uma vez que recebeu a mensagem governamental durante o andamento da votação.

“Não me recusarei a votar e me posicionar, jamais fiz isso. Se for bom para o Maranhão e os maranhenses irei votar favorável, mas se não for, não terá meu voto. No entanto, não tinha como votar sem antes ter um conhecimento mais aprofundado do assunto. Expliquei isso e preferi me ausentar da sessão”, disse ao Blog.

Arnaldo Melo assegurou ainda que iria analisar a “Reforma da Previdência” com toda sua equipe, antes de emitir um parecer definitivo sobre o assunto.

 

Emendas –  Diante da votação da “Reforma da Previdência”, que tende a ser desgastante para a base governista, já começou a circular novamente a sugestão de uma nova PEC das Emendas Impositivas, ideia defendida pelo deputado César Pires, ainda no Governo Roseana Sarney.

Os deputados governistas entendem que o ônus de ser governo atualmente tem sido alto, principalmente diante da ausência do bônus. A maioria tem reclamado do não pagamento das emendas parlamentares.

A nova tentativa de emplacar a PEC das Emendas Impositivas já teria 19 assinaturas e dependendo de uma reunião, ainda nesta terça-feira, poderia passar de 30.

Alguns deputados já planejam esvaziar a sessão ordinária desta quarta-feira (20), caso o Governo Dino não sinalize e insista na aprovação em regime de urgência da matéria polêmica.