Após o novo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a prisão da 2ª instância, que voltou atrás e agora entende que não pode acontecer prisão antes do trânsito e julgado, alguns deputados e senadores querem dar celeridade a PEC 005/2019, conhecida como a PEC da 2ª instância.

A proposta é de autoria do senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), insere o inciso XVI no art. 93 da Constituição Federal para permitir a possibilidade de execução provisória da pena, após a condenação por órgão colegiado. Ou seja, determina que a decisão condenatória proferida por órgãos colegiados deve ser executada imediatamente, independentemente do cabimento de eventuais recursos.

Caso aprovada, a PEC da 2ª instância pode levar novamente para a prisão todos aqueles que estão sendo beneficiados com a soltura, após a nova decisão do STF.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), já se antecipou e deixou claro ser contrário a inciativa que tramita no Congresso Nacional. O comunista diz que a eventual modificação é uma afronta ao STF.

Flávio Dino foi mais além e disse que o assunto é muito sério para ser debatido apenas por puro “revanchismo político”.

A Comissão de Constituição de Justiça do Senado quer votar a PEC da 2ª instância ainda esta semana. No entanto, existe também uma movimentação grande de políticos para emperrar a tramitação.

A questão que fica é se os políticos que defendem a nova decisão do STF, ou seja, a prisão só em trânsito e julgado, fazem por entender que desta forma é a maneira correta, ou fazem por conta de aliados que deveriam estar presos ou fazem com receio de serem os próximos presos ???

Inegavelmente, uma dúvida pertinente.