A reportagem da Revista Crusoé sobre nomeação de capelães no Sistema de Segurança do Maranhão chamou atenção para a lentidão na análise da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) por parte do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Em dezembro de 2018, o MDB entrou com uma Aije contra o governador Flávio Dino (PCdoB) e toda a sua chapa majoritária. A alegação é de abuso de poder políticos e econômico devido à criação de cargos de capelão e posterior nomeação de pastores evangélicos, em sua maioria.

O próprio Flávio Dino, em vídeo, assumiu que aumentou o número de vagas de capelães e fez mais ainda: foi o primeiro governador a dar patente máxima da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros para os capelães. E tudo isso, por pura obra e graça da vontade do comunista.

A Revista Crusoé, um ano depois, traz para a cena nacional o assunto que foi exaustivamente tratado no Maranhão. O uso de cargos de capelães em tempos de eleição foi um fato aberto em todo o estado.

E como anda este processo um ano depois? Parado no tribunal. Testemunhas não foram ouvidas. Na verdade, não teve início a instrução. São 12 meses sem que a tramitação da Aije avançasse.

À Crusoé, o procurador eleitoral, Juraci Guimarães, cuja esposa é auxiliar de primeiro escalão do governador Flávio Dino, afirmou que depois que as testemunhas forem ouvidas, ele vai analisar as provas e dar o parecer. Não há prazos, pelo visto. Pelo menos, não foi informado.

Resta saber quando o processo chegará ao pleno da Corte Eleitoral do Maranhão. E depois, ainda terá um longo caminho a percorrer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Como se diz no jargão judiciário: “A pressa é inimiga da prescrição”.

Estado Maior