De 2015 a 2018, o governo do Maranhão afirmou que investiu R$ 2 bilhões em rodovias e vias urbanas no estado. Pelo menos é o que veio dizendo uma peça publicitária governista veiculada em jornais de circulação nacional, em março deste ano.

Na Folha de S. Paulo, em O Globo, no Estado de S. Paulo e também em revistas como Época, Veja e IstoÉ, além de sites nacionais, o governo maranhense traz dados como 3 mil quilômetros de asfalto novos em ruas, avenidas e rodovias e seis novas estradas em reforma ou construção.

Em pouco meses após a peça publicitária levar os dados que o Palácio dos Leões forneceu, a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) traz dados que mostram que, se foram investidos R$ 2 bilhões, a aplicação não foi da melhor forma. Isso porque a pesquisa da confederação mostra que o Maranhão tem 213 pontos críticos em rodovias, o que representa mais de 26% do total nacional.

Os R$ 2 bilhões aplicados em estradas no primeiro mandato do governador Flávio Dino não ajudaram o estado a reduzir trechos ruins. De acordo com a CNT, apenas 1,5% das rodovias no estado estão em ótimas condições. Em outras 21,2% as condições são consideradas péssimas.

Os demais trechos de rodovias avaliados no estado foram classificados como 27,8% em boas condições; 34,5% em condições regulares e 15% em condições ruins.

Mais uma vez, os números mostram um Maranhão real diferente do que circula nas peças publicitárias.

Estado Maior