O promotor de Justiça Clodomir Lima Neto, da 2ª Promotoria de Justiça Militar de São Luís, ofereceu denúncia contra o coronel da Polícia Militar, Heron Santos, em razão do caso de espionagem de adversários do governo Flávio Dino (PCdoB) durante as eleições de 2018.

O oficial já havia sido responsabilizado pelo caso numa sindicância interna da própria PM.

Coronel Heron foi identificado nas investigações como o “Coordenador das Eleições” daquele pleito, após ter sido formalmente convidado, na ocasião, pelo então comandante da Polícia Militar do estado, coronel Jorge Luongo, para realizar um planejamento chamado de “Operação Eleições 2018”.

De acordo com o que foi apurado, “por iniciativa própria”, o coronel teria exorbitado em sua atuação e determinado o levantamento de adversários do governador Flávio Dino, que supostamente poderiam provocar embaraços no pleito eleitoral.

Na ocasião, o militar ordenou que os “Comandantes de Área” realizassem o levantamento, uma espécie de fichamento de adversários do comunista, e repassassem os dados ao comando da “Operação Eleições 2018” que estava devidamente instalado.

Configurou-se então – mesmo que de forma independente – o uso claro da força policial em caráter político-eleitoral no pleito.

Um caso que na ocasião repercutiu nacionalmente, e que agora apenas se confirma.

Resta saber quais serão os desdobramentos dessa ação na Justiça. Afinal, o oficial da PM agiu mesmo por conta própria? Com qual motivação?

Estado Maior