O Blog do Jorge Aragão já havia tocado nesse assunto, quando da postagem “Os gestos não correspondidos de Duarte Júnior“, demonstrou de como o deputado estadual do PCdoB, depois de um início complicado pela falta de habilidade política, estava fazendo gestos públicos importantes junto a classe política.

De lá para cá, no entanto, pouca coisa mudou, Duarte segue fazendo gestos, mas que não são correspondidos e tudo por conta da disputa eleitoral do ano que vem, quando Duarte aparece como o melhor nome entre os pré-candidatos do grupo político do governador Flávio Dino (PCdoB).

O blog demonstrará só dois exemplos, nas últimas horas, de gestos públicos do deputado Duarte Júnior. Na quarta-feira (25), Duarte fez questão de comparecer a um evento organizado pelo seu adversário interno no PCdoB, o secretário de Cidades e deputado federal licenciado, Rubens Júnior.

Mesmo visivelmente sendo um evento criado para tentar elevar o nome de Rubens Júnior, também pré-candidato para as eleições de São Luís, Duarte não só compareceu, como fez questão de destacar o nome do seu adversário interno nas redes sociais.

Já nesta quinta-feira (26), mesmo em meio a críticas a algumas homenagens polêmicas e/ou questionáveis na Assembleia Legislativa, Duarte demonstra sua lealdade e se arrisca a ser criticado em prol de um gesto para um aliado e seu partido. Duarte fará a entrega da medalha Manuel Beckman ao secretário de Segurança, Jefferson Portela (PCdoB).

Apesar de alegar inocência, Portela é acusado de ter ordenado investigações ilegais e grampos sem autorização contra políticos e membros do Judiciário. O natural, para a maioria dos políticos, principalmente àqueles que estão prestes a serem testados nas urnas, é um afastamento de políticos e/ou gestores que estão em cheque.

No entanto, Duarte foi na contramão dessa situação e teve a coragem de propor e fará a entrega da medalha a Jefferson Portela, demonstrando a sua lealdade e fazendo algo que muitos outros, com ligações até maior com Portela, não ousaram fazer.

O problema é que a falta de reciprocidade pode ser determinante para que esses gestos, mais cedo ou mais tarde, cessem, afinal nada correspondido tem vida longa, mas até lá, Duarte segue fazendo gestos.