Utilizando as redes sociais, o deputado federal Edilázio Júnior (PSD) deixou claro que espera que o Ministério Público no Maranhão faça igual ao Ministério Público Federal fez em Alagoas.

Lá em Alagoas, o Ministério Público Federal ajuizou ação civil pública contra o Governo de Alagoas para tentar acabar com as interceptações telefônicas feitas por meio de órgãos que não pertencem à estrutura de Polícia Judiciária e Ministério Público.

Na ação, procuradores dizem que grampos no âmbito do setor de inteligência da Secretaria de Segurança Pública e da Polícia Militar têm sido a prática, e não exceção.

A situação foi destacada pelo site O Antagonista. O MPF também pede que o governo de Renan Filho (MDB), filho de Renan Calheiros, devolva o equipamento e toda a estrutura tecnológica de monitoramento de interceptações telefônicas para a Polícia Judiciária, a seus servidores e delegados de Polícia Civil, exclusivamente.

Aqui no Maranhão, o delegado Ney Anderson e o ex-delegado Thiago Bardal denunciaram o secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, por investigações ilegais e grampos sem autorização judicial. Por conta disso, é que o deputado Edilázio espera uma ação por parte do Ministério Público no Maranhão.

O curioso é que a divulgação da ação do MPF em AL foi exatamente no mesmo dia em que aconteceu a prisão do vereador Astro de Ogum. Em julho, quando Ney Anderson foi ouvido na Câmara Federal, o delegado afirmou que na Operação Constelação, o secretário Jefferson Portela determinou a inclusão do número do telefone do vereador Astro de Ogum, acusando o parlamentar de envolvimento no crime de pedofilia. Algo que Ney Anderson não aceitou fazer.

O problema é saber se e quando o Ministério Público no Maranhão vai agir.

É aguardar e conferir.