A confusão causada pela desapropriação de áreas na Zona Rural de São Luís leva para vários questionamentos que, durante todo o dia de ontem, não chegaram a ser respondidos.

O imbróglio judicial envolvia moradores da comunidade Cajueiro e uma empresa privada. A disputa pela área já dura anos. Em tese, o poder público pouco tem a fazer a respeito.

Mas por que o governo estadual acabou sendo envolvido em toda a questão? Talvez o uso político do caso antes de 2015 seja a resposta.

Em busca de apoios e votos, promessas foram feitas e compromissos foram assumidos e que agora não podem – dentro da legalidade – serem cumpridos por quem agora não é mais oposição e sim situação.

As famílias agora cobram de quem prometeu. Vão em busca de uma solução de quem assumiu o compromisso de que os moradores nunca perderiam seu lar.

Resultado de tudo isto? Um jogo triste de tentativas de justificar o que não pode ser justificado. E, infelizmente, mais uma vez o uso político de mais um capítulo deste problema social que já se arrasta há anos.

Sem defesa – Na vontade de defender a todo custo o Palácio dos Leões, aliados do governo acabaram sendo comparados com o muito criticado pelos comunistas, o presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Ao defender a ação da Polícia Militar em frente ao Palácio, os governistas acabaram defendendo o uso da força policial contra protestos populares, o que sempre foi condenado pelos membros da esquerda.

O fato é que a ação da PM na porta do Palácio dos Leões vai ser munição dos adversários do governador Flávio Dino (PCdoB) que tem pretensões nacionais em 2020.

Estado Maior