Sem precisar adentrar no mérito da Reforma da Previdência, é necessário destacar o posicionamento consciente e coerente do deputado federal do Maranhão, Gil Cutrim do PDT.

Gil Cutrim foi um dos 14 deputados da Bancada do Maranhão que votou a favor do texto base da Reforma da Previdência. No entanto, seu voto está sendo o mais comentando, pois o parlamentar não seguiu a orientação do seu partido, o PDT.

Por desse posicionamento, Gil Cutrim está correndo o risco de expulsão do partido. Vale lembrar que ele não foi o único pedetista que votou a favor da Reforma da Previdência.

Só que Gil Cutrim votou de acordo com a sua consciência e com pensando no seu eleitor e no Brasil. Não adianta fazer uma Oposição irresponsável, a tradicional “quanto pior, melhor”.

É necessário ter responsabilidade com o mandato outorgado pelo povo e Gil Cutrim agiu com consciência e responsabilidade. Veja abaixo a Nota que o deputado maranhense divulgou justificando o seu posicionamento.

É importante que a população saiba que para que nosso país volte a crescer reformas estruturais precisam ser realizadas independentemente das ideologias partidárias. É preciso que nós, da classe política, enxerguemos só o povo como prioridade, nossas vaidades não podem ser um impeditivo para avançar. Nosso principal objetivo deve ser uma agenda positiva que vise a geração de emprego e o bem-estar dos brasileiros. A reforma da Previdência é uma medida dura, porém fundamental à retomada da economia. A previsão é que o país economize R$ 1,071 trilhão em dez anos.

Analisamos com bastante critério cada ponto contido na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) enviada à Câmara dos Deputados pelo Governo. Junto com o meu partido PDT, rejeitamos o texto inicial e brigamos para que fossem retiradas mudanças que estavam previstas na aposentadoria rural e no Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e deficientes de baixa renda. Se esse idoso não tivesse tempo mínimo de contribuição para se aposentar pelo regime geral ao atingir 65 anos, ele deveria continuará recebendo R$ 400 até completar 70 anos, o que seria desumano. Essas foram propostas do Governo que conseguimos corrigir. Saliento que além da importância para os beneficiários, entendo que manutenção desse benefício é fundamental para economia dos pequenos municípios.

A mudança na aposentadoria rural foi um outro ponto crítico de contribuição da desigualdade que batalhei pessoalmente através de emenda para que fosse modificado do texto original. De acordo com o IBGE, são 8 milhões de brasileiros acima de 65 anos que vivem da agricultura familiar, são eles os trabalhadores rurais e estão enquadrados na categoria do INSS como “segurados especiais”, incluindo os pescadores, extrativistas vegetais e indígenas, neste grupo. 

Pelo texto, a idade mínima fica mantida em 55 anos para mulheres e 60 para homens. Pelo Governo, o trabalhador rural não poderia se aposentar por idade sem nunca ter contribuído.

Outro item importante que corrigimos foi a do regime de capitalização que o Governo queria criar, o que tiraria das empresas a responsabilidade pela aposentadoria do trabalhador.

Por fim, deixo claro que minha decisão durante a votação da reforma da Previdência foi por entender este é o caminho para o avanço do Brasil, com a diminuição das desigualdades do atual sistema que faz com que os mais necessitados sustentem os mais ricos. Repito, é uma mudança dura, mas necessária para retomarmos o avanço que todos queremos para o país.

É aguardar e conferir o posicionamento do PDT.