O ex-presidente da República, José Sarney, mesmo que indiretamente, tratou, em artigo publicado no jornal O Estado, do encontro que teve recentemente com o atual governador do Maranhão, Flávio Dino.
De maneira discreta, como é sua característica, José Sarney no artigo “A política é o destino“, lembrou que jamais tratou um adversário como inimigo e “que nunca cravei por meu desejo espinho algum no peito de ninguém”.
Sarney ainda lembrou que a democracia é o campo do debate, nunca deixando de praticar o diálogo e respeitar os seus adversários. O ex-presidente disse ainda que “ressentimento e a inveja só fazem mal a quem os pratica”.
O primor de texto foi concluído com José Sarney afirmando que o Maranhão e o seu povo estão sempre em primeiro lugar e desejando “política respeitosa, civilizada e democrática”. Veja abaixo a íntegra da postagem: A política é destino.
Eu tenho afirmado ao longo da minha vida que nasci com uma total incapacidade de ter ódio e que rejeito a execrável teoria do Lenine de que devemos inverter na política o enunciado de Clausewitz de que “a guerra é a continuação da política por outros meios”.
Segundo essa tese, o adversário teria que ser tratado como inimigo, a quem não se deve apenas vencer, mas destruir, matar, aniquilar. Não se estaria mais na disputa das ideias e sim em um campo de batalha.
Para isso Lenine defendia o método da Revolução Francesa, da guilhotina na Praça da Concórdia, em Paris, e dizia ser o Terror necessário na disputa política. Ele o usou na Revolução Russa, e o resultado foram os milhões de mortos do comunismo.
Sempre fui coerente ao considerar a democracia o campo do debate, da disputa pessoal e política. Nunca deixei de praticar o diálogo, de respeitar os meus adversários — e quantos tive e tenho! — e nunca persegui ninguém, nem erigi estátuas à Deusa da Vingança, Adrasteia.
Outra coisa que nunca me corroeu a alma foi o ressentimento. Quantas e quantas vezes tenho repetido isso. O ressentimento e a inveja só fazem mal a quem os pratica. Corrói e angustia.
Por outro lado, não tenho motivo para tê-los. Deus me deu um destino de graças. Levou-me da Pinheiro, onde nasci, e de São Bento, onde passei a infância, por um caminho de estrelas, que colocou em minhas mãos. Fez-me Vice-Presidente e Presidente da República, Governador do meu Estado, três vezes Deputado Federal, cinco vezes Senador da República, o que mais tempo passou na Casa, 39 anos, seguido por Antônio Azeredo, 34, e Rui Barbosa, 32. Sou Doutor Honoris Causa pelas universidades de Coimbra, Pequim, Moscou e Federal do Maranhão, minha terra amada. Membro da Academia Brasileira de Letras (atualmente seu decano) e da Academia de Ciências de Lisboa, onde foi Secretário Perpétuo José Bonifácio. Escrevi 121 livros, alguns traduzidos em 12 línguas, em 169 edições. Fui publicado na mais importante coleção de literatura do mundo, a Folio, com 4.800 títulos, editada pela Gallimard. Entre 40 condecorações, tenho a maior do Brasil, a Medalha do Mérito Nacional, e a mais conhecida no mundo, criada por Napoleão, a Legião de Honra da França, no mais alto grau, Grã-Cruz.
Graças a esse meu jeito de ser, qualidades que Deus me deu, conquistei essa vida. Posso dizer, como Lincoln, que nunca cravei por meu desejo espinho algum no peito de ninguém. Napoleão dizia que “a política é destino, a literatura, vocação”. Dividi-me entre as duas.
Jamais posso me desinteressar da situação nacional e maranhense. Estou escrevendo um livro sobre nossa conjuntura, “O Brasil no seu Labirinto”.
O Maranhão e seu povo estão em primeiro lugar, e é bom que tenhamos uma política respeitosa, civilizada e democrática.
Inegavelmente, um primor de texto, que realmente comprova porque José Sarney é uma lenda viva e um dos maiores políticos que o Brasil já teve.
Pleno Século XXI, o imortal Sarneyzão, em plena évidência politica e literária, que alto se intitulá de ( Lenda Viva no Mundo). O Sarneyzão, é do Maranhão terra que tem Palmeiras onde canta o sábia. Parabéns Sarney, você é mestre na Arte da política e Literatura, o Brasil te agradecer.
Gênio esse Sarney. Mostrou com toda categoria que Flávio Dino jamais chegará aos seus pés
Certeiro. Deu uma lapada no comunista e no próprio neto. Sarney é inigualável e fará muita falta quando partir.
Encontro com Dino que ninguém até agora sabe o conteúdo real do acordo?
Ele tá certo, em qt mts “desvairados”, falam besteira em cima de besteira, no momento atual tem que ter diálogo, Dino pode ter inúmeros defeitos, m o mesmo procurou dialogar, um bom político sempre deve estar aberto ao diálogo.
Quem sabe futuramente os dois não estarão no mesmo palanque, e assim é a vida de um político, eu como maranhense torço p os dois em prol do Maranhão.
Não resta a menor dúvida O homem, o escritor e o político José Sarney nasceu pra brilhar e nos fazer alunos dos seus ensinamentos
O lendário José Sarney mostrou como se faz a verdadeira política deu uma aula pra seus filhos e netos mostrando o verdadeiro sentido da política e seria muito bom se os políticos se juntassem para trabalharem pra o bem do povo maranhense não ficaram defendendo os seus interesses privados mais sim comum parabéns o ex presidente pelo pelo seu inigualável artigo e que venha novos tempos para o nosso Brasil
O governador Flávio Dino nunca chegará nem à imitação do imortal José Sarney, pois teria que nascer de novo e ter como professor o Sarney, a começar o gesto nobre do perdão, bem como a prática da democracia em aceitar opiniões dos outros, mas quem sabe se esse pouco tempo reunido com o ex-presidente Sarney ele aprendeu alguma coisa, pois nunca é tarde para o ser humano aprender e pôr em prática a aprendizagem.
REALMENTE O DEMÔNIO IMPERA NA TERRA , SARNEY, EXISTE O BEM E O MAL NA TERRA O PAPA FRANCISCO É DO BEM E SARNEY É …………..
nao teve nada de acordo apenas flavio dino esta com medo do vai vim por isso foi pedir conselhos ao um homem que teme a DEUS…