O encontro entre o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e o ex-presidente da República, José Sarney (MDB), repercutiu na imprensa nacional e, como não poderia deixar de ser, na Assembleia Legislativa.

O assunto foi puxado pelo deputado Roberto Costa (MDB) que fez questão de elogiar o encontro, afirmando que se foi um gesto de grandeza dos dois políticos. A maioria dos parlamentares, em apartes, fizeram questão de corroborar com o discurso do emedebista, inclusive o presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (PCdoB).

Apenas o deputado Wellington do Curso (PSDB) contestou o discurso de Roberto Costa e assegurou não ter entendido o motivo de Flávio Dino, agora, depois de uma vida criticando o ex-presidente da República, querer uma aliança.

“Não foi Sarney que foi atrás de Flávio Dino, mas sim Flávio Dino que foi atrás de Sarney. Ora, se Flávio Dino sempre afirmou que Sarney era o atraso do Maranhão, como agora foi buscar o atraso para o Maranhão ou ele reconhece que não era o atraso e discursava apenas para conquistar o poder ?”, questionou.

No entanto, o pronunciamento de dois deputado estaduais – Fábio Macedo (PDT) e Neto Evangelista (PSDB) – nos fez remeter a 2015 e ser obrigado a fazer justiça, já que, mesmo agora, fica evidenciado que quem sempre teve razão foi o ex-governador José Reinaldo Tavares.

Tanto Macedo quanto Evangelista, lembraram que já em 2015, pelo bem do Maranhão, Zé Reinaldo defendeu a união política, de Flávio Dino e José Sarney.

No Jornal Pequeno, Zé Reinaldo publicou o artigo “O Pacto pelo Maranhão“, onde em um texto lúcido e fora do palanque, o ex-governador lembrava que a classe política unida seria mais forte e quem ganharia com isso seria o Maranhão e os maranhenses.

Uma pena que, naquela época, Zé Reinaldo foi não só incompreendido pelos dois lados, como foi acusado por alguns aliados mais raivosos de Dino de querer levar o comunista para o Grupo Sarney.

Mas o tempo, segue sempre sendo o senhor da razão e quem estava certo era justamente Zé Reinaldo.