O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), nas últimas horas acabou se manifestando sobre alguns assuntos polêmicos e suas declarações são, no mínimo, questionáveis.

Em São Paulo, quando participou de um fórum para debater o desenvolvimento econômico através de parcerias público/privadas, Dino cutucou, para variar, o presidente da República, Jair Bolsonaro.

O comunista, sem precisar citar nomes, questionou a relação de Bolsonaro com a Câmara Federal.

“A única coisa que não se pode fazer com os demais órgão de controle e poderes do Estado é criar confusão. Eu não faço passeata contra o presidente da Assembleia do meu Estado e acho muito errado quem acha que vai governar brigando com o parlamento”, declarou Dino.

Uns podem dizer que o problema, para Bolsonaro, é que o presidente não teve a mesma sorte que Dino, que possui, mais uma vez, uma Assembleia Legislativa extremamente benevolente com sua gestão.

Outros poderiam dizer que o respeito de Dino aos deputados se resume apenas aos parlamentares que rezam na sua cartilha, uma vez que os oposicionistas são tratados a “pão e água”.

Mais tarde, nas redes sociais, Flávio Dino voltou a cutucar Bolsonaro e falou sobre assuntos que já foi diversas vezes criticado pela sua postura, como: liberdade de imprensa, censura, polícia intimidadora e respeito à Constituição.

Dino não é o melhor exemplo de um político democrata e a favor da liberdade de expressão, basta ver quantos profissionais da imprensa já foram censurados na sua gestão e quantos foram demitidos de veículos de comunicação, ligados ao comunista, por criticarem o próprio Dino e/ou aliados e/ou sua gestão.

Além disso, também não parece ser o melhor momento para questionar uma suposta polícia intimidadora e respeito à Constituição Federal, afinal dois delegados maranhenses, que ocuparam cargos de destaque no Governo Dino, acusam o atual secretário de Segurança do Maranhão de realizar investigações ilegais e grampos sem autorização contra desembargadores e políticos.

No mínimo, questionáveis as declarações de Flávio Dino, já que fica parecendo com àquele velho adágio popular: “faça o que eu digo, não o que faço”.