O Senado Federal segue ainda tentando eleger o seu presidente para o biênio 2019/2020, mas apesar das discussões e da quase briga envolvendo dois experientes senadores, Renan Calheiros e Tasso Jereissati, o que chamou a atenção nesse processo eleitoral foi a intromissão do Supremo Tribunal Federal no pleito.

No entanto, é preciso destacar que, de maneira vergonhosa, o MDB e o Solidariedade recorreram ao STF para pedir que uma decisão tomada pela maioria dos senadores fosse revertida na Justiça.

A maioria dos senadores optou pela votação aberta para a escolha do novo presidente do Senado, mas as duas legendas não aceitaram a decisão e foram ao STF, que através do ministro Dias Toffoli, determinou que a eleição seja secreta.

Ou seja, quem decidiu como será a eleição no Senado Federal, pasmem, foi o STF, não os senadores. Pior, é que decidiu contra a transparência, algo cada vez mais exigido pela sociedade brasileira.

O curioso é que costumeiramente alguns políticos reclamam da intromissão do Judiciário no Legislativo, alegando que em determinados momentos o Judiciário tem legislado, mas só que acabam perdendo esse argumento, que é correto, quando os próprios senadores solicitam e aceitam que o STF decida como será a eleição no Senado Federal.

O senador Roberto Rocha (PSDB) criticou a situação e ironizou: “Sobre a interferência do STF na votação para presidência do Senado: será que vão decidir também se iremos votar em pé ou sentado?!”, disse no Plenário do Senado.

Roberto Rocha também assegurou que vai puxar a fila e será o primeiro a declarar o voto publicamente, ou seja, irá votar abertamente.

É aguardar e conferir, mas inegavelmente é ponto para Roberto Rocha.