Depois de concluídas as eleições de 2018, o discurso do governador e do Governo Flávio Dino realmente mudou, já que as promessas de dias melhores seguem dando espaço para um discurso apregoando o apocalipse.

A mais nova confirmação de que 2019 será um ano problemático para o Governo Flávio Dino veio na reunião da Comissão de Orçamento da Assembleia Legislativa, que contou com a participação do subsecretário de Planejamento e Orçamento, Marcelo Duailibe, do secretário adjunto da pasta, Roberto Matos, e de vários técnicos do órgão.

Os próprios técnicos da SEPLAN afirmaram que o Estado não tem disponibilidade de caixa para honrar o pagamento de pensões e aposentadorias de beneficiários no ano que vem, já que a Previdência Estadual conta com apenas R$ 200 milhões em caixa, mas a previsão de gastos com pensões e aposentadorias para 2019 é de R$ 2,4 bilhões.

Parte da diferença, informaram os membros do governo, deve ser compensada com a alienação de bens do Estado. Com a venda de terrenos e prédios públicos, por exemplo, a gestão comunista estima arrecadar R$ 502 milhões.

“Com esse mesmo tipo de alienação, em 2018, até agora o governo só arrecadou R$ 788 mil. Não arrecadou nem R$ 1 milhão. Como se explica o aumento dessa receita em 2019 para meio bilhão? O problema é que ninguém explica objetivamente como isso será feito”, reclamou o deputado César Pires (PV), que participou da reunião e saiu preocupado.

FEPA – Durante a Audiência Pública o deputado Eduardo Braide (PMN) lembrou que o Governo Flávio Dino (PCdoB) já resgatou mais de R$ 1 bilhão de valores do Fundo Estadual de Pensão e Aposentadorias (FEPA) que estavam investidos em aplicações financeiras e que rendiam, até 2017, mais de uma centena de milhões de reais anualmente.

Segundo dados oficiais – extraídos das publicações do Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) do Governo do Maranhão e atualizados até o primeiro bimestre de 2018 – os comunistas receberam o Estado com R$ 1,19 bilhão do FEPA aplicados. Em 2015, resgataram pouco mais de R$ 20 milhões. No ano seguinte, novos resgates, que, somados, totalizaram algo em torno de R$ 47 milhões.

O ano de 2016 terminou com R$ 1,12 bilhão do Fundo aplicados em instituições financeiras e, em 2017, os saques foram dez vezes maiores: R$ 457 milhões retirados das aplicações.

Em 2018, nos dois primeiros meses do ano, foram sacados mais R$ 50 milhões e, com o recente resgate de R$ 440 milhões, autorizado pela Justiça, estima-se que o FEPA tenha em aplicações pouco mais de R$ 150 milhões.

Pelo visto, se for depender do Governo Flávio Dino, a coisa não será nada fácil para os maranhenses em 2019.