É óbvio que não há a ligação entre Bolsonaro e o grupo Sarney. O próprio ex-presidente José Sarney (MDB) se posicionou neutro neste segundo turno.
O que ocorreu é que lideranças do MDB e também de outros partidos de oposição, como o deputado Adriano Sarney (PV) e o senador Roberto Rocha (PSDB), declararam votar no segundo turno no candidato do PSL.
E a situação local é que determinou a posição dos oposicionistas. A equação é simples: a candidata a vice-presidente na chapa de Fernando Haddad é Manuela D’Ávila, que pertence ao partido de Flávio Dino. Se ganha o petista, Flávio Dino se fortalece no Maranhão.
E para quem é adversário e contra o comunismo estabelecido por Dino no estado, não há nada mais natural do que votar contra o que fortalece o seu adversário político.
O problema é que o governador e seus aliados querem levar até para a disputa presidencial essa dicotomia cansada de Sarney/anti-Sarney, que não deverá mais sustentar o discurso dos comunistas nos próximos quatro anos.
Estado Maior