Numa reportagem em que flagrou a morte de uma idosa na porta do Hospital Regional de Pinheiro – gerido pelo Governo do Estado -, o jornalista Alex Barbosa, da TV Mirante fez a estarrecedora revelação: desde que assumiu o governo, Flávio Dino (PCdoB) já possuía em caixa R$ 7 milhões para a construção de sete centros de hemodiálise no Maranhão. Os recursos eram provenientes do empréstimo tomado na gestão passada do BNDES.

– Quatro anos se passaram e as obras nunca foram concluídas; algumas nem começaram -, destacou Barbosa, após noticiar a morte da paciente, que precisava justamente de hemodiálise.

A constatação da inércia do Executivo no que tange à construção dessas unidades contrasta com o discurso do próprio governador.

No dia 26 de janeiro de 2015, menos de um mês depois de tomar posse como governador do Maranhão, o comunista foi a Brasília em um avião de carreira, ao lado de um cidadão que se impressionou com sua presença. O comunista explicou ao jovem dentista que optou por um voo de carreira porque, se optasse por um jatinho, “estaria gastando R$ 49 mil só nesta viagem”.

Antes disso, em 2013, ele chegou a ensinar, como deveria ser usado o dinheiro gasto com jatinhos.

– Com os vários helicópteros e aviões alugados pelo governo do Estado, daria para propiciar um transporte eficiente e digno para pacientes graves que atualmente sofrem em ambulâncias nas estradas maranhenses -, pregou ele.

Hoje, quase quatro anos depois de ter assumido o governo, Dino já gastou mais de R$ 17 milhões com aluguel de aviões. Mas os centros de hemodiálise – de apenas R$ 7 milhões – nunca foram inaugurados.

Estado Maior