É bem verdade que falta de aviso não foi, mas o insistente senador Roberto Rocha (PSDB), ao que parece, deverá sair das eleições de 2018 bem menor do que entrou.

Roberto Rocha, de acordo com as pesquisas eleitorais, não consegue deslanchar e está longe de atingir os dois dígitos sonhados. Para piorar ainda mais a situação, Roberto Rocha, mesmo com estrutura partidária e financeira superior a candidata do PSL, Maura Jorge, deve terminar as eleições atrás da ex-prefeita de Lago da Pedra.

No último levantamento divulgado pelo IBOPE (reveja), na noite de quarta-feira (19), Maura Jorge oscilou positivamente de 3%, na primeira pesquisa, para 5%. Já Roberto Rocha, mesmo com um tempo no horário eleitoral infinitamente bem maior que a adversária, oscilou negativamente de 3% para 2%.

Os números são terríveis para Roberto Rocha e, em se confirmando, darão a razão àqueles que dizem que o senador só conseguiu se eleger em 2014 graças ao apoio decisivo do governador Flávio Dino (PCdoB).

O pior é que saindo menor do que entrou, Roberto Rocha chegará fragilizado para as eleições de 2022, quando tentará renovar seu mandato ou novamente o Governo do Maranhão. A curiosidade é que se Dino vencer o pleito de 2018, o futuro embate de Rocha para o Senado poderá ser justamente contra o comunista, ex-aliado e atualmente desafeto.

Só que todo esse vexame que se avizinha poderia ter sido evitado. Roberto Rocha teve todas as oportunidades de abdicar e/ou adiar do sonho de disputar o Governo do Maranhão, chegando onde seu pai (Luiz Rocha) chegou, em prol da candidatura de um terceiro nome bem mais avaliado nas pesquisas, o deputado estadual Eduardo Braide (PMN).

Entretanto, ao que parece, falou mais alto o desejo pessoal e apostar em uma estratégia extremamente arriscada. Por conta disso, Roberto Rocha deverá sair desse pleito bem menor que entrou e não vai nem poder reclamar que não foi alertado anteriormente.