O petista Aníbal Lins, também presidente licenciado do Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Maranhão (SINDJUS/MA), reafirmou, em entrevista ao programa Panorama, na Rádio Mirante AM, a disposição de ser pré-candidato do PT ao Governo do Maranhão e criticou duramente o eventual apoio do partido à candidatura da deputada Eliziane Gama (PPS) ao Senado.

Aníbal Lins iniciou justificando a colocação de seu nome para a disputa. O petista afirmou que a ideia é não deixar o PT sem uma alternativa, diante da eventual falta de reciprocidade do governador Flávio Dino, que tem sinalizado um apoio a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República.

“A nossa ideia é manter a aliança histórica com o PCdoB e apoiar a reeleição do governador Flávio Dino, mas está faltando reciprocidade e por conta disso o PT precisa se acautelar, se isso acontecer. O objetivo principal do PT no país é apoiarmos a candidatura do encarcerado político de forma injusta, o nosso querido Lula. Só que não considero justo apoiarmos a reeleição do Flávio e ele não apoiar o Lula. Nós do PT queremos reciprocidade, queremos o apoio do PCdoB, desde agora, para Lula presidente”, afirmou.

Aníbal Lins lembrou ainda que causou muita estranheza a defesa por parte de Flávio Dino de um apoio, de toda a esquerda unida, pela pré-candidatura de Ciro Gomes. O petista também estranha a falta de um espaço maior do PT na chapa majoritária do comunista.

“Fomos surpreendidos com uma declaração do Flávio Dino de apoiar Ciro Gomes, enquanto Lula está em cárcere. Apoiar Ciro Gomes, neste momento, é apoiar de forma transversal o golpe que atingiu o PT, que atingiu Lula e o Brasil. Além disso, eu me pergunto como é que o maior partido do Brasil, o partido com maior tempo de televisão, fica excluído de uma chapa majoritária?”, questionou.

O petista também criticou duramente a possibilidade do PT e Eliziane Gama estarem juntos na mesma chapa, num mesmo palanque. Aníbal lembrou que Eliziane não só votou no ‘golpe’, mas trabalhou por ele, quando pediu a prisão do Lula, a quebra do seu sigilo bancário e até acareação do petista.

“É muito estranho estarmos numa chapa junto com a deputada Eliziane Gama, que, infelizmente, colocou o seu mandato a serviço do golpe. Será que todos os maranhenses já sabem que ele colocou seu mandato a serviço do golpe? Nesse golpe tem as dez digitais de Eliziane Gama e ela quer ser candidata num Estado onde Lula é uma unanimidade entre a população mais humilde. Será que essas pessoas vão perdoar essa traição? Lembrando que ela jamais se retratou, jamais disse que se arrependeu em ter pedido a prisão do Lula. É um constrangimento, existe uma rejeição unanime do partido com a presença da Eliziane na chapa do Flávio Dino. O palanque da Eliziane é o palanque do golpe, o nosso palanque é do Lula livre”, assegurou.

Agora o PT deve voltar a debater internamente o caminho que deverá seguir nas eleições de 2018, mas pelo visto seguirá com a prioridade de Lula livre e Lula candidato, além de não coligar com quem colaborou com o impeachment.

É aguardar e conferir.