Só se pode colher o que se planta, e é justamente por esse motivo que a deputada federal e pré-candidata ao Senado, Eliziane Gama (PPS), está prestes a deixar, definitivamente, de ser uma política promissora e passar a ser uma política sem mandato.

Eliziane tem, ultimamente, a cada eleição saído menor que entrou e o principal exemplo, inclusive recente, foi a disputa pela Prefeitura de São Luís. A parlamentar iniciou a disputa na liderança e como favorita, mas foi caindo, caindo, até terminar na vergonhosa quarta colocação com apenas 6% dos votos.

Agora, mesmo depois do resultado vexatório, Eliziane tenta dar um salto maior e se transformar numa senadora da República. Entretanto, a situação é extremamente delicada e a tendência é amargar uma nova derrota nas urnas.

Eliziane está longe de ser uma unanimidade dentro do seu grupo político. Recentemente dois grandes partidos – PT e PR – dessa aliança que apoia Flávio Dino, já publicizaram que não irão apoiar a pré-candidatura de Eliziane.

O presidente do PR no Maranhão, Josimar de Maranhãozinho, deixou bem claro que o PR não apoiará Eliziane. O mesmo caminho será seguido pelo PT, que além de ter um pré-candidato ao Senado, Márcio Jardim, não vai apoiar quem votou e trabalhou pelo impeachment de Dilma Rousseff.

E é justamente o posicionamento de Eliziane diante do impeachment de Dilma Rousseff que será o seu calvário nessas eleições. A parlamentar não só votou a favor do impeachment, como pediu a prisão do petista, a quebra de sigilo bancário e a acareação do ex-presidente.

É bem verdade que outros políticos e pré-candidatos também votaram a favor do impeachment de Lula, mas esses seguem no campo oposto ao PT, já Eliziane, por puro oportunismo político, assim como agiu recente com o prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PDT), quer a todo custo o apoio do partido que ela ajudou a tirar do poder.

A situação de Eliziane Gama é tão delicada que praticamente nenhum partido acredita na viabilidade de sua pré-candidatura. A maioria absoluta dos partidos que seguem buscando espaços na chapa majoritária de Flávio Dino, na pior das hipóteses, brigam pela suplência do pré-candidato ao Senado pelo PDT, Weverton Rocha, mas nunca pela suplência de Eliziane.

E será desta forma que Eliziane Gama tende a ficar sem mandato a partir de 2019, mas na política, assim como na vida, só se colhe o que se planta.