A relação próxima do empresário Carlos Miranda com os generais do comunismo maranhense – notadamente o governador Flávio Dino e seu lugar-tenente Márcio Jerry, deu à empresa que passou a ser controlada por ele, a Aldo Oberdan Montenegro – ME, uma prosperidade financeira não apenas em 2014, mas a partir de então.

Miranda, frequentador do Palácio dos Leões até em dias em que se encontrava com Dino de bermudas, transformou a empresa que vivia da cobertura de festas e casamentos, em um potente negócio, que movimentou quase R$ 3 milhões entre 2014 e 2016, como comprovam os extratos bancários já em poder da Procuradoria Geral da República.

Miranda conseguiu o controle da Oberdan Montenegro, também conhecida por AldoImagem LTDA., a partir de uma Procuração assinada pelo dono da empresa, que tem o mesmo nome da razão social, Aldo Oberdan Oliveira Montenegro. E o que seria apenas uma transferência de controle para cobertura de festinhas de aniversário transformou-se em um festão, só descoberto após o fisco cobrar do titular da conta o pagamento de impostos devidos neste período.

Os depósitos milionários – que continuaram também em 2017 e até em 2018 – foram feitos por meio de “transferências on-line”, “depósitos em conta”, “créditos em conta” e “pagamento de fornecedores”, mas todos sem identificação clara do depositante.

E, agora, será o próprio Carlos Miranda quem terá que se explicar à Justiça Federal.

Estado Maior