O deputado estadual Neto Evangelista (DEM), outrora membro do Governo Flávio Dino (PCdoB), foi à Tribuna da Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira (17), falar sobre a violência sexual, principalmente contra crianças e adolescentes.

O parlamentar fez uma afirmação verdadeira sobre a violência sexual doméstica, que algumas crianças são vítimas, mas que infelizmente as mulheres, geralmente mães, acabam não denunciando a situação as autoridades competentes.

“É bem verdade que em muitos casos as mulheres da casa, quando a criança é violentada pelo homem, acabam não denunciando por ser aquele o mantenedor do lar”, afirmou Neto Evangelista, que disse que o Governo do Maranhão vai iniciar uma campanha sobre o assunto.

O problema é que quando o governador Flávio Dino pode ajudar a mudar a realidade afirmada pelo parlamentar de sua base, ele simplesmente vetou um Projeto de Lei que se encaixaria perfeitamente na afirmativa de Neto Evangelista.

O comunista simplesmente vetou o Projeto de Lei 070/2017, de autoria do deputado estadual Eduardo Braide (PMN), que destinava, por meio dos órgãos competentes, até 20% dos encaminhamentos mensais de mulheres vítimas de violência doméstica (direta ou indiretamente) para concorrerem a vagas de empregos formais no Maranhão.

A ideia de Braide era justamente evitar que as mulheres vítimas de violência doméstica seguissem se submetendo a esse tipo de situação meramente pela questão financeira, mas o governador não entendeu assim e vetou o projeto do oposicionista.

Sendo assim, bem que Neto Evangelista podia ter aconselhado Flávio Dino a ajudar a diminuir o sofrimento de muitas mulheres maranhenses que seguem sendo, direta ou indiretamente, vítimas de violência doméstica pela questão financeira.