Nesta quarta-feira (16), o Governo Flávio Dino, através da sua base governista, impôs uma dura e injusta derrota aos professores estaduais do Maranhão. Foi aprovada a Medida Provisória 272/2018, que trata sobre os vencimentos dos professores estaduais, mas que desrespeita a Lei Nacional do Piso e o Estatuto do Magistério, portanto inconstitucional, ilegal e imoral.

Durante o discurso de alguns deputados contrários a essa MP, acabou sobrando para o SINPROESEMMA. O Sindicato dos Professores, que em outros momentos foi extremamente ativo, parece que hibernou no Governo Flávio Dino e não tem defendido a categoria e por esse motivo foi alvo de duras críticas, veja algumas abaixo.

“Parabéns a esses professores que estão aqui, sempre lutando pelos interesses da Educação, mas também repudiar a atitude do sindicato que, em vez de defender o interesse do professor estão atrelados politicamente a um partido; que em vez de defender os professores estão defendendo é o seu naco, seu cargo no poder. Lamento profundamente esses representantes sindicais, no tempo que eu fui sindicalista eram chamados de pelegos, lamentavelmente, nós ainda temos pelegos no conjunto da representação dos professores que, em vez de estar aqui defendendo o interesse dos professores, estão lá acomunados com o governo”, afirmou o deputado Max Barros.

“Um Sindicato que se vende ao Governo, que lá é feito calango, só balançando a cabeça, e que ganha de presente a vice-prefeitura da capital e cargos a “folote” para poder dizer “amém” ao Governo do Estado. Enquanto vocês, que têm a coragem de mostrar a cara, que sabem que serão perseguidos, porque esse governo é marcado pela perseguição, acabam pagando e sofrendo as suas famílias”, disse o deputado Edilázio Júnior.

“Meia-dúzia da direção do SINPROESEMMA se reuniu com o governo do Estado às altas horas da noite, a portas fechadas, dizendo que falava em nome de todos vocês e disseram que essa Medida Provisória estava certa, algo vergonhoso; do outro lado, tem um estatuto, uma lei, que fala exatamente o contrário e que merece ser cumprido. Portanto, senhoras e senhores, se tem alguém que inaugurou a reforma trabalhista no estado do Maranhão, foi o governador Flávio Dino”, destacou o deputado Eduardo Braide.

“Cadê o diálogo do governo do Estado? Cadê o diálogo do sindicato que não representa mais os professores? Um sindicato que colocou um dos seus ex-presidentes para ser vice-prefeito em São Luís. Onde está a representatividade do sindicato? Cadê a diretoria do sindicato que não está aqui reivindicando e lutando em defesa dos professores?”, questionou Wellington do Curso.

Governistas – Outro questionamento interessante foi feito pelo deputado estadual César Pires. O parlamentar lembrou que mesmo durante todo o debate, nenhum, nenhum mesmo, deputado da base governista subiu para defender a Medida Provisória. Convenhamos, algo que seria natural, afinal o Governo Flávio Dino diz que a MP é benéfica para os professores.

“Mas também não vi parte do Governo subir aqui para defender, apesar de a base aliada contar com muitos. Se nós buscarmos as razões e as motivações que levam a essas ausências, encontramos fácil, porque é uma agressão e eles sabem que é uma agressão, uma afronta aos professores, é uma subtração de direitos e mais que isso, diminui os salários de cada um de vocês”, acrescentou César Pires.

Pelo visto o único poupado, até mesmo pelo bom trabalho que tem realizado, foi o secretário de Educação, Felipe Camarão, mas o governador, deputados governistas e o SINPROESEMMA não tiveram a mesma sorte.