Apesar de afirmar que o ex-presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva (PT), é vítima de um “golpe eleitoral”, o governador Flávio Dino (PCdoB) já admite que não acredita mais na pré-candidatura do petista e muito menos na pré-candidatura do seu próprio partido.

Nas redes sociais e em entrevista à Folha de São Paulo, o comunista defende que PT, PCdoB, e ainda o PSOL, abram mão de suas pré-candidaturas para apoiar Ciro Gomes (PDT) na eleição para a Presidência da República.

Flávio Dino entende que muitas candidaturas no mesmo campo político pode ser prejudicial para a Esquerda. Justificando o melhor posicionamento de Ciro Gomes nas pesquisas, o comunista defende o seu nome para a disputa.

“Ciro Gomes é hoje o melhor posicionado e o PT não tem nome capaz de unir nesse momento”, disse.

“O ponto de interrogação que está dirigido sobretudo ao PT é se nós queremos uma eleição apenas de resistência, de marcar posição, eleger deputados, ou ganhar a eleição presidencial”, disse. “Temos chance de ganhar, a eleição porque o pós-impeachment deu errado. O fracasso do Temer é o fracasso da alternativa que se gestou a nós”, afirmou.

Sem nominar, o comunista discordou da postura de setores do PT, inclusive da presidente do partido, Gleisi Hoffmann, de insistir na candidatura de Lula. “A tática de marcar posição é derrotista e não honra a importância do Lula, porque abre mão da possibilidade de haver uma virada geral na sociedade que possibilite julgamentos racionais dele”, afirmou.

Resta saber como o PT e o próprio PCdoB vão receber essa sugestão de Flávio Dino.