E segue a polêmica sobre a inelegibilidade do vice-governador Carlos Brandão (PRB) para disputar a eleição novamente como candidato a vice de Flávio Dino (PCdoB).

Tudo aconteceu por conta da tal palestra que Flávio Dino foi proferir nos Estados Unidos, e “obrigou” o vice-governador Carlos Brandão a assumir o Governo do Maranhão até o dia 09 de abril, ou seja, dois dias depois do prazo de seis meses antes do pleito eleitoral.

Brandão não só assumiu o cargo, como praticou atos administrativos e por conta dessa situação, no entendimento da maioria dos juristas ouvidos pelo Blog do Jorge Aragão, estaria inelegível para a disputa de 2018, salvo se for disputar o cargo de governador do Maranhão.

Apesar disso, alguns asseclas do comunista asseguram que não existe nenhuma inelegibilidade e que Brandão será mesmo confirmado como vice-governador.

Só que nesta segunda-feira (30), o Palácio do Planalto reforçou a tese de quem defende que Carlos Brandão não pode ser candidato a vice-governador.

Ao explicar o cancelamento da viagem que o presidente da República, Michel Temer (MDB), faria à Ásia, o Palácio do Planalto justificou que se deu pela necessidade de se evitar “prejuízos” à economia em razão de eventual dificuldade de se fazer “votações importantes” no Congresso.

Segundo a nota, se Temer viajasse, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), também seriam obrigados a deixar o país devido ao calendário eleitoral – ambos são candidatos na eleição deste ano e, por esse motivo, não poderiam assumir a Presidência da República.

“O adiamento da viagem do presidente Michel Temer à Ásia se deu unicamente porque, tendo em vista o calendário eleitoral, a ausência do chefe de governo do país, neste momento, obrigaria os presidentes da Câmara e do Senado a também deixarem o território nacional simultaneamente, prejudicando votações importantes ao País”, diz a nota divulgada pela Presidência da República.

Vale lembrar que o próprio presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, fez uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral sobre o assunto e ainda aguarda uma resposta, mas segue preferindo não arriscar, como fez Carlos Brandão e correndo o risco de ficar sem mandato.

É aguardar e conferir.