O governador Flávio Dino (PCdoB) segue mantendo o silêncio sepulcral sobre quem será o segundo nome na sua chapa majoritária para o Senado. O dilema está entre dois deputados federais, Waldir Maranhão e Eliziane Gama. Até o momento, apenas o também deputado federal Weverton Rocha (PDT) estaria assegurado.

A coincidência não para no fato de ambos estarem na Câmara Federal e quererem chegar a Câmara Alta, ou seja, o Senado Federal. Os dois também estão em partidos que não acrescentam absolutamente nada na coligação do comunista e que não possuem peso para reivindicar tal vaga.

Por conta dessa situação, ambos já começaram a se movimentar no sentido de buscar uma legenda mais robusta. Waldir Maranhão saiu na frente e quer trocar o Avante pelo PT. O pré-candidato ao Senado já protocolou sua filiação ao novo partido e aguarda um posicionamento dos petistas.

Waldir Maranhão já percebeu que boa parte dos petistas maranhenses, principalmente aqueles subservientes as vontades e desejos de Flávio Dino, não querem sua filiação na legenda. Só que além de alguns apoios de petistas maranhenses, como do único deputado estadual do PT, Zé Inácio, Waldir Maranhão assegura que tem o aval da cúpula nacional, que, no “frigir dos ovos”, será quem dará o veredito final.

Já Eliziane Gama parece ter sido surpreendida pela jogada de Waldir Maranhão e demorou a assimilar o golpe. Somente agora, na reta final da janela partidária, que Eliziane volta a cogitar mais fortemente a mudança de partido. A ideia da pré-candidata é deixar o PPS e seguir para o DEM, outro partido forte e que busca uma vaga na chapa majoritária do comunista.

Ou seja, a tendência é que Waldir Maranhão se filie no PT e Eliziane Gama no DEM. Se isso acontecer, o embaraço para Flávio Dino será ainda maior, pois além de ter que decidir entre dois aliados fiéis, o comunista terá que escolher entre dois partidos de peso: PT e DEM.

É bem verdade que, para não correr o risco de perder nenhuma das duas fortes legendas, Flávio Dino tem uma “carta na manga”, ou melhor, uma vaga “negociável”, que seria o cargo de candidato a vice-governador, a princípio iria para Carlos Brandão, atualmente no pequeno PRB, mas tudo pode mudar, até pelo fato de Brandão está longe de ser uma unanimidade no grupo do comunista.

É aguardar e conferir.