A farra da criação de cargos de capelães dentro do Governo Flávio Dino deverá mesmo ser investigada pelo Ministério Público. A promessa do ex-secretário de Saúde do Maranhão e pré-candidato ao Governo do Estado, Ricardo Murad (PRP), sobre o assunto foi cumprida.

Ricardo, durante a semana, avisou que o PRP iria ingressar no Ministério Público Eleitoral sobre o caso. E assim foi feito, já que o presidente estadual do PRP, ex-vereador Severino Sales, protocolou na sexta-feira (16), na Procuradoria Regional Eleitoral do Maranhão, notícia de fato com pedido de providências contra o que considera aparelhamento político-eleitoral de instituições como a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros pelo governador Flávio Dino (PCdoB).

“No ano eleitoral, sentindo-se intocável, decidiu incluir na sua campanha eleitoral, que já dura quase 04 anos, o que tem se chamado de abuso do poder religioso, com a captura de diversos líderes religiosos (evangélicos e católicos) para participar da empreitada político-religiosa-eleitoral. Para tanto, o Governador decidiu “aperfeiçoar” o abuso do poder religioso transmudando-o num estratagema herético-apóstata-eleitoral-estatal com a criação de uma verdadeira seita política-administrativa-religiosa-eleitoral, haja vista que com o escandaloso requinte de que a nova seita está sendo agraciada com patentes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros e financiada, custeada mesmo, com recursos do erário do Estado do Maranhão, tudo com o propósito devasso e ilícito de corromper os fieis que são arrebanhados pelos novos sacerdotes da nova seita”, destaca a representação.

O governador Flávio Dino já criou mais 36 vagas de capelães da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros para distribuir para lideranças religiosas, principalmente, das igrejas evangélicas. Além disso, o comunista quer criar 10 vagas de capelão para a Polícia Civil.

E isso sem falar nas promoções feitas sem critério algum, salvo os políticos eleitorais. O deputado estadual Wellington do Curso (PP) chegou a denunciar que num mesmo dia, um capelão da PM, que era tenente, foi exonerado do cargo, mas foi nomeado coronel capelão do Corpo de Bombeiros.

Agora é aguardar e conferir o desdobramento desse caso na Procuradoria Regional Eleitoral.