Ao contrário do que esperavam os comunistas, aliados e desavisados, a entrevista da ex-secretária-adjunta de Saúde Rosângela Curado (PDT) foi, sim, bombástica para o projeto de poder do Governo Flávio Dino. Em primeiro lugar, Rosângela, que foi presa sob acusação de comandar uma quadrilha que desviou R$ 18 milhões da Secretaria de Saúde, afirmou que ainda tem mais gente que precisa ser investigada.

“É um inquérito de investigação e ainda tem muita gente para ser investigada, ainda tem muita gente pra ser ouvida, muitas pessoas, pessoas que fazem parte da gestão da Saúde. Não fui só eu, eu já não estava mais lá dentro”, declarou ela, com todas as letras.

É praticamente uma confissão de culpa, mas com o adicional de que havia gente acima dela dando ordens para o que precisava ser feito. Até ser presa, Rosângela era mulher de confiança do secretário Márcio Jerry, foi a candidata a prefeita de Imperatriz do governador Flávio Dino e aliada histórica do deputado federal Weverton Rocha (PDT). Uma operacional do time comunista, portanto.

A entrevista mostra também as mágoas da ex-secretária, quando cobra da Polícia Federal a ampliação das investigações. Em momento algum, Rosângela negou a existência da corrupção no governo Flávio Dino – o que já é uma mancha escura no perfil do comunista – mas apenas apontou que existe mais gente no esquema.

E isso, por si só, já seria suficiente para derrubar qualquer governo em um estado transparente e livre.

Estado Maior