Nada definido

por Jorge Aragão

Embora o grupo do governador Flávio Dino (PCdoB) tente forçar a barra de um cenário consolidado a ponto de levá-lo à vitória até em primeiro turno, o fato é que nada no processo eleitoral no Maranhão está definido. Dino não sabe, sequer, que adversários enfrentará. Também não tem garantia alguma de que terá partido X ao seu dispor e enfrentará partido Y.

O cenário ainda é totalmente indefinido, tanto do ponto de vista dos candidatos quanto da arrumação dos partidos. O que se pode dizer, apenas, é que tem Flávio Dino disputando pelo PCdoB, Roseana Sarney cotada pelo MDB e Roberto Rocha (PSDB) convicto de encarar qualquer embate. Quantas legendas estarão com Dino, Roseana, Rocha, ou outro pré-candidato que se apresente é precipitado agora estabelecer.

Rocha, por exemplo, tem hoje o controle do PSDB, o que é um trunfo fundamental em um processo – tanto para si próprio quanto para uma negociação de aliança. O deputado Eduardo Braide, por sua vez, se quiser mesmo ser candidato, não tem como ficar no PMN. E se for para o PT, como fica a aliança do partido com Dino? Se, por outro lado, conseguir apoio de legendas da base dinista – ou roseanista – com tempo suficiente na propaganda?

São questionamentos que precisam ser feitos por qualquer um que tenha o interesse na observação do cenário eleitoral maranhense.

Estabelecer agora – faltando ainda mais de quatro meses para as convenções – o número de partidos que cada candidato tem é discutir o sexo dos anjos. A conjuntura nacional, a cooptação de candidatos, as reformulações nas direções partidárias terão influência direta na montagem das chapas.

E o que se vê agora, fatalmente não será o que se terá ao fim de julho, quando terminará o prazo das convenções. Insistir em cenários consolidados hoje, é não ter a capacidade de ver o amanhã. Coisa para poucos.

Estado Maior

O ano vai começar

por Jorge Aragão

Coluna do Sarney – O Brasil tem calendários diferentes dos resto do mundo, a começar pelas estações do ano.

Aqui só temos inverno e verão, inverno quando chove, verão, quando as chuvas não aparecem, e se surgem são atribuídas às frutas: do caju, da manga e assim por diante.

Estas são sempre seguidas de muito trovão e raio e passam rápido.

Depois, as nossas divisões do ano são marcadas pelas festas, santas ou pagãs. O Carnaval marca os dois primeiros meses. Depois vem a Quaresma, que dura quarenta dias, até o Domingo de Ramos. A Semana Santa culmina com a celebração da Eucaristia na Quinta-Feira, do Sacrifício na Sexta-Feira, a Aleluia e a Páscoa; a Paixão de Cristo sempre encenada e movimentando a população, como as procissões do Bom Jesus da Cana Verde, do Encontro e, para misturar tudo, a malhação do Judas — um Carnaval fora de época, com os bailes das aleluias, uma “páscoa” regada às toneladas de chocolate, referência especial de Gramado, e que os baianos não deixam passar em branco. Depois vem o São João com as quadrilhas, os forrós e as danças de São Gonçalo das Moças.

Se tem Copa do Mundo aí é que a coisa pega fogo, porque o país para de vez e é Carnaval todo dia, com ruas enfeitadas, bandeirinhas e bandeirolas, cerveja em toda porta de casa com amigos e aderentes, todos na torcida e improvisando botequins nas calçadas e em todos os andares dos edifícios.

Vem o 7 de setembro e o patriotismo por uns dias toma conta, sobretudo da meninada, e vai ao máximo se tem Esquadrilha da Fumaça.

Em anos de eleição este mês é o auge de trabalho de moças e moços, que, de bandeiras nas mãos, espalhados por todos os congestionamentos de trânsito, gritam o nome de candidatos de que nunca ouviram falar, nem sabem de quem se trata, tudo por cinquenta reais por tarde!

Chega outubro com as grandes concentrações religiosas do Círio de Nazaré, de Aparecida, do Juazeiro do Padre Cicero. Quando começa novembro começamos a ouvir longe os primeiros sinais dos sinos do Natal.

Afinal, depois de falarmos do ano inteiro, o essencial é dizer que o ano realmente começa depois do Carnaval. Essa é a festa das festas, aquela de que até hoje se discute quando começou. Os mais fanáticos dizem que vem das famosas bacanais romanas, importadas da Grécia, em que se homenageava o deus Baco, regadas a vinhos e orgias, e que de tal modo se excederam que o Senado Romano as suspendeu no ano 186 antes de Cristo. Outros o ligam às Saturnálias, também livres e pândegas, festas do deus Saturno, que também eram célebres na antiguidade.

Não vamos dizer que o nosso Carnaval seja tanto …assim… como aquelas festas do passado, porque a nossa só faz com que as mulheres de todas as idades mostrem seu corpo e as novas, queimadas de sol, aproveitem para também mostrar os seios, guardando o essencial, tudo para se preparar para as abstinências da Quaresma…

Outros povos comemoram também outros calendários, como o chinês, o judaico, o ortodoxo Juliano e um do meu avô, que dizia que ano novo era o do seu aniversário, nada do começado em janeiro.

É assim que o ano passa, e vai começar agora, neste ano que tem Carnaval, São João, Copa e eleição. Haja paciência para tanta monotonia!

A postura coerente de Wellington do Curso

por Jorge Aragão

Em defesa da fiscalização e no combate à farra com dinheiro público, o deputado estadual progressista Wellington do Curso declarou que não apoia a Proposta de Emenda à Constituição – PEC 02/2018, que tramita na Assembleia Legislativa do Maranhão. A PEC cria limites para a atuação do Tribunal de Contas do Estado no caso da edição de normas que tenham força de lei.

Para o deputado Wellington, além de a proposta ser claramente inconstitucional, é uma tentativa de limitar o poder de fiscalização do TCE e a independência do Tribunal.

“O Tribunal tem o poder de regulamentar próprio dos Tribunais do Poder Judiciário (art. 96 da CF), ou seja, a Constituição conferiu ao Tribunal de Contas o poder de elaborar seu regimento interno e dispor sobre a sua competência e funcionamento. Qualquer afronta a esse regime é flagrantemente inconstitucional, conforme firme jurisprudência do STF. O Tribunal de Contas tem autonomia. Se querem limitar o poder de fiscalização do TCE, não contem comigo”, afirmou Wellington.

Inegavelmente uma postura coerente e acertada.

Segue a crise entre secretários candidatos e deputados governistas

por Jorge Aragão

Parece mesmo que o que era para ser só folia para a população, veio este ano se tornar um grandioso e tedioso espetáculo, em que inúmeros políticos aproveitaram a folia de Momo, para escancaradamente fazerem campanha eleitoral antecipada em alguns municípios do Estado.

Mesmo antes do período carnavalesco chegar, seis deputados estaduais governistas demonstraram publicamente a insatisfação com alguns dos secretários da gestão Flavio Dino (PCdoB), que são pré-candidatos na eleição deste ano, e estariam usando a estrutura dos cargos para angariar o apoio de prefeitos e lideranças pelo interior do Maranhão.

Em um dos seus discursos na Assembleia Legislativa, Josimar de Maranhãozinho (PR), que aderiu recentemente ao governo, não apenas endossou o relato de Raimundo Cutrim (PCdoB), o primeiro a ter coragem de se posicionar, como revelou o nome de um dos secretários que, segundo ele, “usa claramente a secretaria para promover sua própria campanha”: Márcio Honaiser, atual titular da Secretaria de Estado da Agricultura e pré-candidato a deputado estadual pelo PDT.

Assim como Honaiser, outros secretários da base governista também estão chamando atenção pela prática nada correta, como Adelmo Soares (Agricultura Familiar), Márcio Jerry (Assuntos Políticos e de Comunicação), Marcelo Tavares (Casa Civil), Duarte Jr. (Presidente do Procon e Viva) e Simplício Araújo (Indústria e Comércio), esses são alguns dos secretários que tem sido alvo das reclamações dos governistas.

Como também já se teve conhecimento, as noites carnavalescas no sul do Maranhão, mais precisamente em Balsas, foram regadas a discursos, agradecimentos e promessas? Desde o sábado gordo de carnaval (10), quando teve início o evento na cidade, o nome do secretário de Agricultura Márcio Honaiser (PDT), pré-candidato a deputado estadual, foi citado várias vezes pelos cantores e por membros da Secretária de Cultura, como representante do Governo do Estado no município, dando a entender que o mesmo estaria patrocinando o evento.

Em seguida, na noite da segunda-feira (12), Márcio Honaiser, discursou para a multidão – que queria apenas se divertir e não escutar qualquer assunto sobre política – em tom de campanha eleitoral. Presentes no “palanque carnavalesco”, junto com Márcio Honaiser, estavam o Prefeito Erik (PDT), o vice Celso Henrique (PT), alguns vereadores e auxiliares do poder executivo municipal.

De acordo com uma matéria publicada no último dia 10 de fevereiro, pelo jornal “O Estado do Maranhão”, o presidente do Partido Republicano Progressista (PRP), ex-vereador Severino Sales, protocolou na Procuradoria Regional Eleitoral, noticia de fato solicitando providências acerca das denúncias relatadas pelos deputados estaduais, que inclusive, ameaçam deixar a base do atual governo, caso esse tipo de prática persista, pois não se trata só de falta de bom senso, e sim de um jogo baixo e sujo em que se faz uso indevido do poder para direcionar obras estaduais apenas para prefeitos e lideranças que lhe garantem apoio político nas eleições deste ano.

É aguardar e conferir, já que tudo isso tem acontecido diante de uma postura omissa e oportunista do governador e líder do grupo político, Flávio Dino.

Mais um decepcionado…

por Jorge Aragão

Apesar das falsas pesquisas do Palácios dos Leões, afirmando que a popularidade do governador Flávio Dino (PCdoB) segue em alta e subindo igual um foguete indo para o espaço, a realidade da vida real é bem diferente.

Nesta semana, logo após o Carnaval, tivemos mais um exemplo da decepção que o comunista causou em que realmente acreditou na propagada mudança.

Desta vez foi o vereador de Governador Nunes Freire, Ronaldo Barbosa (PV), que afirmou da Tribuna da Câmara de Vereadores que está arrependido do voto dado e da aposta feita em Flávio Dino.

O curioso é que além de votar no comunista, o vereador Ronaldo coordenou a campanha de Dino na cidade de Governador Nunes Freire.

Vale lembrar que essa não é a primeira manifestação de descontentamento de vereadores da cidade. Anteriormente, conforme o Blog demonstrou (reveja), quatro vereadores gravaram vídeo cobrando promessas feitas pelo governador.

Como o Blog sempre disse, quem conhece de verdade Flávio Dino, não vota em Flávio Dino.

Divergentes

por Jorge Aragão

O que parecia consenso na Assembleia Legislativa começou a mostrar-se polêmico. A Proposta de Emenda Constitucional que prevê impor limites à atuação do TCE – e que recebeu assinaturas de diversos deputados – tem opiniões contrárias na própria Casa.

A deputada Andrea Murad (MDB), por exemplo, critica a ação do TCE tentando impedir o Carnaval em algumas cidades, mas se mostra contra a reação dos colegas parlamentares. “Entendo a preocupação dos deputados, mas, para reverter essa instrução do TCE, o melhor caminho é a Famem entrar na Justiça para derrubar a decisão”, ponderou Murad.

Para a deputada do MDB, assim como a Assembleia não pode se intrometer em assuntos que não são de sua competência, o TCE não pode editar instrução normativa que atinja a autonomia municipal.

“Nessa seara, o TCE é um auxiliar do Legislativo municipal. Ele dá o parecer, ele opina, mas não pode ditar as regras de como o Município deve gastar seus recursos”, disse.

Outro deputado que se manifestou contrário à PEC foi Wellington do Curso. Segundo ele, se a Assembeia quer se impor contra o tribunal, que não conte com ele.

A PEC foi proposta em reunião de deputados e prefeitos. E deve ser votada nesta semana.

Estado Maior

Tudo pronto para o Lava Pratos em São José de Ribamar

por Jorge Aragão

Os ribamarenses ou visitantes que participarem da 72ª edição do Lava-Pratos terão garantidos um “forte aparato de segurança”. A afirmação foi dada pelo prefeito de São José de Ribamar, Luis Fernando, que esteve reunido com representantes da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Guarda Municipal no fim da manhã desta sexta-feira (16), para deliberar sobre as ações de segurança durante o Lava-Pratos.

“Vamos receber visitantes de todo o Maranhão, de outros estados e até de outros países, a nossa cidade vem sendo destaque em todo o mundo e a melhor forma de receber os visitantes é com segurança”, pontuou o prefeito.

Mais de 800 pessoas, entre policiais, bombeiros, socorristas, segurança privada, guardas municipais e servidores da Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS), que atuarão na segurança e em tendas próximas a pontos da folia.

Segundo o Comandante do Policiamento de Área Metropolitana (CPAM II), coronel Aritanã Lisboa, a meta do prefeito Luis Fernando e de todas as forças envolvidas é manter o Lava-Pratos ainda mais seguro. “O esquema de segurança também prevê revistas nos acessos da cidade e abordagens em barreiras estrategicamente montadas nas proximidades dos espaços de shows”, disse.

Segundo o coronel Aritanã Lisboa, já no sábado (17), mais de 500 homens devem trabalhar no policiamento ostensivo do evento, enquanto no domingo (18), serão mais de 700 policiais envolvidos na operação, juntamente com o Batalhão de Choque, além do policiamento convencional existente na cidade.

O patrulhamento a pé será feito por toda a cidade. Nos arredores da sede e nas áreas periféricas, o policiamento utilizará as motocicletas para dar maior agilidade e alcance às abordagens. No centro da cidade, haverá o uso ostensivo das viaturas. Na orla, haverá plantão da cavalaria da Polícia Militar, além das ações do Corpo de Bombeiros.

A Polícia Militar preparou ainda barreiras responsáveis por revistas de todos que entrarem nos ambientes de programação cultural. Ao todo, serão quatro barreiras feitas pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar. A Polícia Civil manterá o plantão na delegacia de São José de Ribamar, aberto para o registro de ocorrências policiais, caso necessário, além do plantão central do Maiobão.

Estradas – Nos acessos para o município, a Guarda Municipal, em trabalho conjunto com a Companhia de Polícia Rodoviária do Maranhão, montará barreiras de fiscalização do cumprimento da Lei Seca e de monitoramento. De acordo com o Secretário de Transporte Coletivo, Trânsito e Defesa Social, Coronel Gonçalo Alves de Sousa, em ação com parceria da CPRV na MA-201 e MA-204, serão feitas barreiras nas principais entradas da cidade.

Trânsito – O secretário informou ainda que “haverá mudanças no transito das principais vias do município. Na Avenida Gonçalves Dias, o trânsito será interrompido no trecho que compreende a sede da empresa Maranhense até as proximidades da Praça do Santuário. Já na Avenida Garrastazu Médici, o trânsito será liberado somente até o entorno do Porto do Barbosa. Além disso, guardas de trânsitos estarão de prontidão para orientar os transeuntes”. (Veja Mapa com Orientação)

Ao todo, 75 agentes, entre guardas e policiais, vão atuar nas barreiras especializadas durante o fim de semana na região de São José de Ribamar.

Nagib anuncia investimento de R$ 3 milhões para o Codó Alfabetizado

por Jorge Aragão

Entre os dias 15 e 16 de fevereiro a Secretária Municipal de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação de Codó estará realizando a sua Jornada Pedagógica, com o tema Planejamento Participativo: uma prática necessária. O evento que teve abertura na Quadra do Colégio Santa Filomena reuniu professores, gestores, supervisões, técnicos da SEMECTI, além das autoridades municipais.

A Jornada Pedagógica de 2018 tem com o objetivo propiciar estudos, reflexões e diálogos nas ações que devem ser desenvolvidas pela gestão Mais Avanço Mais Conquistas junto às instituições do Sistema Municipal de ensino de Codó. Entre as ações está o Programa Codó Alfabetizado, que visa melhorar os indicadores de analfabetismo, que apontam que 30% da população não sabem ler nem escrever.

“O ano de 2017 foi um grande aprendizado pra todos nós da secretaria de educação, dando continuidade às políticas que vinham dando certo e também fizemos alguns ajustes. Como alguns números apontaram para necessidade de investimentos em alfabetização, por isso hoje estamos aqui anunciando o lançamento do Codó Alfabetizado, que é um conjunto de ações que tem como ponto de partida a todos os que ainda não foram alfabetizados e posteriormente incluir esse público no mundo da leitura e no mundo digital também”, explicou o Secretário de Educação, Paulo Buzar.

Barra do Corda tem economia aquecida com o Carnaval

por Jorge Aragão

Para quem pensa que só de festa vive o Carnaval é importante que se faça uma observação pertinente, quanto à movimentação da economia. Um grande exemplo que pode ser citado diz respeito ao município de Barra do Corda, cujo Carnaval foi realizado pela prefeitura municipal, com apoio do Governo do Estado.

Além do comércio local já aquecido, os quatro dias de folia foram propícios para gerar mais renda aos pequenos comerciantes informais que, segundo estimativas, chegaram a faturar mais de 30% do lucro esperado.

PROGRAMAÇÃO – Apesar de contar com festividades nos quatro cantos da cidade, com blocos alternativos e os tradicionais paredões de som, a orla da Beira Rio também abrigou parte da programação oficial da folia momesca.

A Praça Melo Uchôa e o Espaço Cultural concentraram grande número de brincantes e mais uma vez foram destaques que ganharam o coração do folião. Todas as noites o público marcou presença e se divertiu embalado pelas inesquecíveis marchinhas de carnaval.

Solidariedade: o belo exemplo do Arrastão do Pinto

por Jorge Aragão

Nesta sexta-feira (16), os organizadores do Arrastão do Pinto, conforme prometido, fizeram a entrega dos alimentos arrecadados durante o período do Carnaval, uma vez que os alimentos foram trocados na aquisição do abadá.

A entrega, de mais de meia tonelada arrecada, foi na Fundação Jorge Dino, onde na oportunidade os dirigentes da Fundação agradeceram o gesto das lideranças do bairro da Liberdade, mostrando a grandeza de uma comunidade que é o berço da Cultura.

A Vereadora Concita Pinto e o ex-deputado Jota Pinto, que idealizaram o evento, estão de parabéns pela iniciativa e já planejam o próximo ano, quando esperam chegar a uma tonelada de alimentos arrecadados.

Inegavelmente uma excelente iniciativa e que poderia ser copiada por outras brincadeiras carnavalescas.