Antes mesmo do estopim da crise entre os secretários candidatos e os deputados governistas, o governador Flávio Dino, durante uma entrevista seletiva, com apenas a imprensa alinhada, anunciou que logo após o Carnaval faria mudanças na sua equipe de governo.

O comunista, na tal coletiva seletiva de fim de ano, justificou que as mudanças aconteceriam por conta justamente das eleições de outubro.

Entretanto, o assunto ganhou dimensão e importância ainda maior por conta das graves denúncias de seis deputados governistas na semana que antecedeu o Carnaval. Os seis parlamentares asseguraram publicamente que alguns dos secretários candidatos estariam cometendo crimes eleitorais.

Só que mesmo diante de denúncias graves e mesmo jurando ser um governador probo, Flávio Dino optou por um silêncio sepulcral, inclusive nas redes sociais, onde preferiu dar chilique por não aparecer na TV Mirante, que costumeiramente ele e seus asseclas atacam.

O Carnaval já terminou e as mudanças, conforme promessa do comunista, ainda não vieram e consequentemente não foram anunciadas.

Deputados governistas já se reuniram e decidiram que não vão aceitar que os secretários candidatos deixem seus prepostos nas respectivas pastas. Já os secretários candidatos tem buscado exatamente esse cenário quando das suas saídas, que eles também estão querendo prorrogar o máximo possível.

Ou seja, mais um abacaxi para Flávio Dino descascar.

O certo é que o Carnaval já passou, faltando apenas o Lava Pratos, e as mudanças não aconteceram e, desta forma, os secretários candidatos vão levando ampla vantagem diante dos deputados governistas.

É aguardar para conferir o próximo capítulo desta crise.