Ao revelar, com destaque em vermelho, que foi o relator da lei que obrigou o registro dos planos de governo na Justiça Eleitoral, Dino assinou uma espécie de autosentença de morte moral.
No enunciado de seu Plano de Governo, o comunista faz questão de declarar-se orgulhoso pela relatoria da lei por ser ela “um instrumento de aprimoramento da gestão pública”. É difícil imaginar que Flávio Dino pudesse imaginar ser pego em suas próprias redes apenas três anos depois de assumir o governo.
Ao fazer coro a um levantamento do portal G1, que mostrou ter ele conseguido cumprir apenas 22 das 65 promessas registradas – e ainda por cima ter tentado faturar com isso, manipulando a informação -, o comunista mostrou que o seu “instrumento de aprimoramento da gestão” não serviu para si próprio.
Felizmente, para Flávio Dino, a lei que ele relatou não prevê sanções legais a quem descumprir as promessas do plano de governo. Mas, como analisam juristas e interpretadores das leis, o registro do plano, com seu eventual descumprimento, é uma espécie “sanção moral”.
E para quem se põe acima do bem e do mal, se vende como o melhor e mais preparado dos mortais, como Flávio Dino, essa sanção moral deve doer na alma.
Estado Maior