A derrota de Brandão foi ainda mais significativa do que a do próprio governador Flávio Dino (PCdoB), já que o governador nunca morreu de amores pelos tucanos e tem, agora, o PT para fazer as vezes no tempo de propaganda eleitoral.
Brandão sai fragilizado não apenas politicamente, mas eleitoralmente com vistas a 2018, ainda que garanta aos aliados concorrer a uma vaga na Câmara Federal. Vice quase figurativo no governo de Flávio Dino, o tucano nunca ocupou espaços de poder, não ampliou a participação do PSDB no governo e vive diminuído em sua terra natal, Colinas, pelo conterrâneo Márcio Jerry, principal auxiliar do governador.
E até no momento em que vê o partido que comanda tomar decisões à sua revelia, o vice de Flávio Dino não consegue gerar fatos positivos para si mesmo. Sua suposta tentativa de transferir-se para o PP – divulgada por blogs alinhados – esbarrou na negativa do deputado federal André Fufuca, que garantiu nunca ter tratado do assunto no partido.
Brandão vai deixar o PSDB, obviamente. Isso porque pretende manter-se atrelado ao governo Flávio Dino até as eleições. Até porque não tem clima e nem perspectiva para seguir rumo diferente. Ficará no cargo, menor, porém, do que entrou.
Coluna Estado Maior