A reunião da Comissão de Saúde, presidida pelo deputado Levi Pontes na quarta-feira (23), quando o secretário Carlos Lula apresentou as ações do quadrimestre, foi uma verdadeira lambança no intuito de proteger o gestor da saúde dos questionamentos da Oposição, típico na política do Governo Flávio Dino, que não tem respostas claras a dar.

De forma abusiva, decidiram encerrar a reunião e o deputado Edilázio Júnior lembrou bem que o ex-secretário Ricardo Murad, quando convidado a prestar esclarecimentos ao parlamento, ficou 8 horas por livre e espontânea vontade onde conseguiu com suas respostas deixar os adversários sem argumentos. Muitos disseram “era melhor ele nem ter vindo”, porque todos os questionamentos levantados foram respondidos com maestria.

Sem contar que o ex-secretário jamais permitiria que sua equipe saísse do seu trabalho na SES para ir bater palma pra ele, o que estava bem nítido e claro na reunião da comissão, fato também bastante criticado pelos parlamentares.

O que aconteceu ali foi só mais uma reunião política, onde o presidente da comissão não soube separar o papel que deveria desempenhar numa comissão, onde deveria estar isento dos seus interesses políticos, e não fazendo dali um palanque para elogiar Governo e tentando calar a Oposição, como fez o deputado Levi Pontes – aquele do escândalo dos peixes em Chapadinha, e o deputado Marco Aurélio, ao tentarem atingir a deputada Andrea falando da gestão de Ricardo Murad que a cada dia que passa demonstram o quanto desconhecem e a população sente falta.

Talvez por isso a revolta da líder de Oposição ao ver a reunião interrompida. “O que deu para ter certeza é que você não sabe nada da saúde do Maranhão, não tem noção do que recebeu, tudo que existe na pasta que hoje você comanda é fruto de um árduo trabalho do ex-secretário Ricardo Murad, que o governo atual nem competência tem para manter, vocês estão acabando com tudo. Ao invés de vir falar mal do passado, deveria dizer que faria mais e melhor. Mas isso é impossível e talvez por isso seja compreensível a sua covardia e dos aliados do governo tentando lhe proteger”, ponderou Andrea.

Uma pena, pois o debate era importante e com tantas dúvidas a serem dirimidas, que tenha se resumido a Comissão de Saúde, quando poderia ter sido bem mais amplo, principalmente se fosse realizado no Plenário da Assembleia Legislativa, bem como fez Ricardo Murad à época, afinal, quem não deve, não teme.