O senador Roberto Rocha recebeu ontem o tiro de misericórdia em sua passagem pelo PSB, partido no qual entrou em 2012 e, desde então, enfrenta forte rejeição interna.

Eleito presidente municipal da legenda – exatamente na vaga aberta após destituição do filho do senador – o deputado Bira do Pindaré deixou claro que a militância não quer Rocha em suas fileiras. “O lugar deste indivíduo é qualquer um, menos aqui no PSB”, decretou o parlamentar.

Em tese, a rejeição do PSB inviabiliza quase que por completo o projeto eleitoral de Roberto Rocha. Mas ele tem duas janelas para buscar novo rumo partidário. Agora, ao fim de setembro, quando deve buscar abrigo no PSDB; e em abril de 2018, quando será dada a oportunidade aos que não se sentirem bem nos seus partidos.

De qualquer forma, Rocha praticamente construiu, ele próprio, o futuro que se desenha à sua frente. Autointitulado “jogador da política”, vem construindo, ao longo de 20 anos, jogadas que, se de um lado beneficiam seus interesses pessoais e familiares imediatos, por outro vão minando sua credibilidade nos diversos grupos, governistas ou oposicionistas.

Desde que deixou o PFL, ainda nos anos 90, o senador alimentou o sonho de ser governador do Maranhão, mas nunca construiu grupo necessário para balizar seu projeto. Esteve no grupo Sarney, no grupo de Jackson, com José Reinaldo, com João Castelo, com Edivaldo Júnior e com Flávio Dino. E não construiu identidade com nenhum deles.

O resultado pode ser uma candidatura de si para si mesmo em 2018.

Coluna Estado Maior