“Os idosos estão sentados em poltronas vários dias esperando ser transferidos para hospitais. Os acompanhantes desses idosos passam dia e noite em pé. E estamos diante de casos graves. Exemplo do senhor João Jorge Diniz de 74 anos. Ele teve trombose, está em uma poltrona na UPA há 9 dias esperando para ser transferido, trombose mata e mata rápido. O senhor Davi Santos, de 62, teve um infarto e chorou pedindo ajuda para ser transferido porque precisa de uma cirurgia. A pessoa sofreu um enfarte e está sentado em uma cadeira. Isso não existe! E muitos outros idosos em situação grave estão nesta condição e, apesar de regulados, só escutam que não tem leito. Isso precisa ser resolvido imediatamente”, alegou a parlamentar.
De acordo com a parlamentar, a sala de medicação estava lotada e a maioria dos idosos está em situação inadequada. No setor, uma senhora de 103 anos está há dias também em uma poltrona, o que Andrea considerou irregular e desrespeitoso. “Duas pessoas já morreram na sala de medicação esperando ser transferidas”, relatou Ana, filha de um dos pacientes.
Outro caso é o do senhor Joaquim Aguiar, de 64 anos. Ele veio de Barreirinhas onde tem um Hospital Regional que deveria ter dado toda assistência ao paciente, mas teve que vir para a UPA da Cidade Operária, em São Luís, sentindo fortes dores abdominais, para descobrir que está com um cisto no fígado. Já se passaram 9 dias e nem previsão de transferência para o Joaquim.
“Eu também estive no setor de emergência e recebi muitas reclamações de pacientes que estavam mais de 4 horas esperando atendimento, inclusive crianças de colo. O nome do setor já diz, é emergência, desde as primeiras horas do dia até à tarde e as pessoas não conseguiram ser atendidas. A situação é grave para os pacientes regulados e é grave para os pacientes que buscam emergência. O secretário Carlos Lula precisa ficar mais atento às condições que se encontram as unidades estaduais, procurar garantir mais eficiência da rede e resolver essa demora, porque as pessoas correm risco de morrer a qualquer momento e o governo não consegue garantir leito para os pacientes mais graves”, disse Andrea.