Se no “baixo clero” teria agido assim, imagina como seria agora…

por Jorge Aragão

É claro que é muito cedo para fazer qualquer avaliação sobre o futuro político do governador do Maranhão Flavio Dino, citado com um dos beneficiados no esquema de Caixa 2 nas delações de ex-dirigentes da Odebrecht. É preciso aguardar um posicionamento do STJ (Superior Tribunal de Justiça), para saber se abrirá investigação ou não conta o governador comunista, o que poderá fazer o fato render nos noticiários local e nacional.

Entretanto, chegaria a ser cômica se não fosse trágica a desculpa utilizada por alguns asseclas para defender Flavio Dino em blogs e redes sociais. Alguns, mas subservientes do que se poderia imaginar, chegam a dizer que o valor supostamente recebido pelo governador comunista (R$ 400 mil) seria irrisório mediante os milhões recebidos por outros políticos também supostamente envolvidos no esquema da Odebrecht.

Inicialmente, o argumento é tolo e simplório, pois é como se quisessem diferenciar e/ou justificar quem recebeu mais ou menos propina, uma espécie de atenuante. O que convenhamos não deveria servir jamais de argumento para alguém que administra um Estado e se intitulava, ou se intitula, um arauto da moralidade.

Por fim e mais importante, é bom lembrarmos que em 2010 Flavio Dino não tinha todo esse poder de barganha, um deputado “baixo clero” na Câmara Federal e eleito em uma eleição sob suspeita no Maranhão. Além disso, pertencia a um partido sem força política (PCdoB) e que jamais havia conseguido se quer eleger um governador. Isso sem falar que Dino entrou na disputa pelo Governo do Maranhão contra Roseana Sarney, com poucas chances de vitória, tanto que foi derrotado ainda no Primeiro Turno.

Ou seja, se Flavio Dino realmente participou do Caixa 2 da Odebrecht, como afirmou o delator José de Carvalho Filho, estando no “baixo clero” e praticamente sem nenhum poder de barganha, como poderia agir estando hoje num outro patamar da política brasileira?

Esse é o questionamento que precisa ser feito, inclusive pelos asseclas do comunista.

Flávio Dino seria o Cuba no esquema da Odebrecht

por Jorge Aragão

O Blog do jornalista Marco D’Eça trouxe com exclusividade uma planilha, que estaria com o Ministério Público Federal, e indicaria que o apelido do governador do Maranhão, Flávio Dino, citado no esquema da Odebrecht, seria “Cuba”.

Na planilha, ao lado do nome Cuba estaria o número 200, que seria o valor das parcelas que supostamente teriam sido recebidas pelo governador comunista. A planilha apresenta o nome de outros inúmeros apelidos de políticos que estariam envolvido no esquema da Odebredcht.

Vale destacar que Cuba era exatamente o destino de interesse da Odebrecht com relação ao projeto 2279/2007, que tinha Flávio Dino (PCdoB) como protetor.

Ou seja, mais uma explicação que precisa ser dada pelo governador comunista Flávio Dino, que, ao que tudo indica, para alguns dirigentes da Odebrecht era simplesmente Cuba.

Hilton e Fernanda Gonçalo entregam peixes em Santa Rita e Bacabeira

por Jorge Aragão

Cerca de quinze toneladas de peixes foram distribuídas durante Semana Santa pelo prefeito Hilton Gonçalo e pela prefeita Fernanda Gonçalo. Os peixes foram entregues em diversos povoados dos municípios de Santa Rita e Bacabeira, respectivamente.

Hilton Gonçalo explicou que os peixes distribuídos tanto pela Prefeitura de Santa Rita como de Bacabeira foram adquiridos dos produtores locais, para gerar circulação de renda no município. “Esta era uma das propostas de governo do meu governo e da Fernanda Gonçalo e aqui estamos fazendo questão de cumprir”. O secretário da Pesca de Bacabeira, Ramon França, também falou sobre a importância da distribuição de peixes. “As pessoas aguardam por ansiedade este momento”, afirmou.

No total mais de 5 mil famílias foram beneficiadas nos dois municípios e além da tradicional entrega do peixe, outros alimentos foram distribuídos a população como arroz e feijão, garantindo a complementação alimentar da população da região.

A distribuição de alimentos que ocorre de forma periódica nos municípios de Santa Rita e Bacabeira é possível através do Programa de Aquisição de Alimentos instituído pela Secretaria de Desenvolvimento Social e da Pesca, respectivamente.

“A entrega do pescado é uma tradição cristã e no meu mandato estamos fazendo questão de manter, garantindo a nossa população o alimento na mesa”, afirmou a prefeita Fernanda Gonçalo, satisfeita em estar cumprindo mais uma promessa de sua campanha.

A dona de casa Cândida Oliveira dos Santos, moradora de Peri de Baixo em Bacabeira, estava radiante com a iniciativa. “Recebi o meu e peixe e para minha filha. Já vamos economizar com a compra do peixe”, afirmou. A senhora Marinéia Coelho, do povoado Peri de Cima também em Bacabeira, elogiou a ação. “Sempre recebo o peixe e, graças a Deus, a prefeita Fernanda Gonçalo deu continuidade a esta tradição”, disse.

PGR deve investigar suposto vazamento a Dino sobre Odebredcht

por Jorge Aragão

É bem verdade que não é a primeira vez que recai sobre o governador do Maranhão, Flávio Dino, o benefício de ter sido informado antecipadamente de algumas operações, mas desta vez a PGR (Procuradoria Geral da República) deverá ser acionada para investigar o suposto vazamento.

Durante a semana que vem, os deputados estaduais Adriano Sarney (PV) e Andrea Murad (PMDB) e o federal Hildo Rocha (PMDB) irão protocolar um pedido ao procurador­Geral da República, Rodrigo Janot, para a apuração do suposto vazamento, uma vez que existem indícios de que Flávio Dino teve acesso as informações de maneira privilegiada.

“Já estamos confeccionando as petições”, destacou Adriano. “A PGR tem obrigação de investigar r punir quem vazou as informações”, comentou Andrea Murad.

As suspeitas de vazamento surgiram um dia depois de o nome de Flávio Dino aparecer na nova lista da Lava Jato, encaminhada por Janot ao relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STDF), ministro Edson Fachin.

Oficialmente, o sigilo das delações de ex­executivos da Odebrecht só foi levantado no dia 4 de abril, data em que o magistrado decidiu abrir 76 inquéritos contra agentes políticos e remeter às instâncias competentes as 200 demais petições – a do governador do Maranhão estava neste segundo grupo.

Para se defender, o comunista apresentou uma certidão do dia 17 de março, duas semanas antes da quebra do sigilo dos dados. O documento diz que o comunista “não apresentou Parecer ou qualquer outra manifestação escrita ao Projeto de Lei 2.279/2007 no âmbito da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania”.

Além disso, o governador apresentou uma pesquisa sobre os autores do projeto, para provar que ele não assinou o texto original da proposta: o documento foi impresso no dia 16 de março.

Nos dois casos, foram mais de 15 dias entre a suposta obtenção de informação privilegiada a respeito da delação de José Filho, e o efetivo levantamento do sigilo dos depoimentos. Ou seja, por qual motivo Dino teria tais documentos? E por qual motivo buscou tais documentos 15 dias antes da divulgação dos fatos e a consequente inclusão do seu nome?

Coincidência – Algo semelhante aconteceu na Operação Turing da Polícia Federal, Dino também parece ter tido informações privilegiadas, podendo agir para proteger a imagem de seu governo ao demitir semanas antes o principal cabeça o esquema de desvio de dinheiro público na Secretaria Estadual de Administração Penitenciária.

É aguardar e conferir.

Medindo o estrago

por Jorge Aragão

A equipe que cerca o governador Flávio Dino (PCdoB) já começou a medir os estragos do surgimento do nome do comunista na nova lista da Lava Jato.

No caso dele, o pedido de abertura de investigação, formulado pelo procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, foi encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).

Para saber até que ponto a delação de José de Carvalho Filho, que acusa Dino de ter recebido R$ 200 mil da Odebrecht, por meio de caixa dois, na campanha de 2010, afetou a popularidade do governador, o Palácio dos Leões determinou a realização de uma pesquisa.

A consulta, segundo o que apurou a coluna, está sendo feita em todas as regiões do estado, por telefone. É o mesmo modelo do já conhecido tracking, muito usado para acompanhamento diário de intenções de votos durante eleições.

Durante a ligação telefônica, o entrevistador faz três perguntas:

– se o interlocutor ouviu falar que Flávio Dino estava envolvido na Lava Jato;
– se acredita no envolvimento do governador; e
– as denúncias mudam sua disposição de apoio ao comunista.

Os resultados, é claro, devem ser mantidos em segredo pela cúpula do Executivo.

Da Coluna Estado Maior

Aluisio Mendes denuncia ilegalidades contra servidores de Zé Doca

por Jorge Aragão

O deputado Aluisio Mendes denunciou na tribuna da Câmara Federal que a atual administração municipal de Zé Doca está cometendo uma série de arbitrariedades e ilegalidades contra servidores públicos. Segundo informou o parlamentar, estão ocorrendo demissões injustificadas de funcionários concursados e perseguição aos que se opõem à gestão da prefeita Josina.

De acordo com a situação relatada pelo ex-reitor do Instituto Federal de Educação (IFMA), Zé Costa, que é liderança política do município, muitas ilegalidades estão sendo cometidas na Prefeitura de Zé Doca contra aqueles que divergem da atual gestão.

“Deixo registrado uma mensagem a essas famílias, de que elas não estarão sozinhas nessa luta contra a gestão truculenta e imoral que se instalou na Prefeitura de Zé Doca. Esses servidores terão o meu apoio para combater todas essas irregularidades e perseguições que eles estão enfrentando”, afirmou Aluisio Mendes.

O deputado anunciou que irá ao Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal (PF) e Controladoria Geral da União (CGU) para denunciar as ilegalidades em Zé Doca. “Uma cidade tão prospera do Maranhão não pode ficar submetida a uma administração temerária”, concluiu.

Eduardo Braide comandará Comissão Especial da Reforma Política da AL

por Jorge Aragão

O deputado Eduardo Braide foi eleito, nesta semana, presidente da Comissão Especial da Assembleia Legislativa que vai debater, no Maranhão, a Reforma Política do país.

“Temos a responsabilidade de contribuir com essa discussão que muda o cenário das eleições para 2018, como já sinalizou o Congresso Nacional. A reforma política é a mãe de todas as reformas, pois decidirá a forma dos eleitores escolherem seus representantes e nós, aqui, iremos ouvi-los”, afirmou o deputado.

A primeira medida da Comissão já está definida. Será realizada uma audiência pública na Assembleia Legislativa com a participação de partidos políticos, entidades e sociedade civil.

“Já deliberamos para o dia 8 de maio, a realização de uma audiência pública aqui na Assembleia com a participação da bancada federal maranhense. Ouviremos partidos políticos, sociedade civil, Ministério Público, Poder Judiciário, OAB e, principalmente, os eleitores, para debatermos juntos o assunto e encaminhar as nossas sugestões ao Congresso Nacional”, informou o parlamentar.

Dentre os principais pontos a serem debatidos estão: voto em lista fechada, financiamento público de campanha, voto distrital, fim das coligações proporcionais e da reeleição. Para a Comissão Especial da Reforma Política foram eleitos também os deputados Levi Pontes (vice-presidente) e Rafael Leitoa (relator). Compõem ainda a Comissão, os deputados Bira do Pindaré, Edilázio Júnior, Rogério Cafeteira e Vinícius Louro.

Telhado de vidro

por Jorge Aragão

O surgimento do nome do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), na nova Lista da Lava Jato, teve efeito bombástico entre seus aliados. Por um motivo principal: o comunista construiu ao longo da sua carreira política a imagem de um homem impiedoso com os deslizes dos seus adversários.

Meras citações ou suspeitas – como as que hoje recaem contra ele próprio – foram sempre tratadas, nos últimos 11 anos, como condenações sumárias.

Oriundo do Judiciário, o atual chefe do Executivo maranhense parece ter esquecido dos preceitos do devido processo legal.

E com a mesma voracidade que apontava o dedo a seus adversários com contas a prestar à Justiça, perseguiu desafetos usando a força do Estado, depois de eleito governador.

O que se tem no Maranhão, então, desde a posse de Flávio Dino é um quase estado de exceção, com inimigos políticos temerosos de perseguição todas as vezes em que o governo se via diante de uma crise.
Mas Dino tinha um telhado de vidro, tal é a consistência da delação feita por um ex-executivo da Odebrecht contra ele.

E, agora, sofre de parte dos seus adversários o mesmo tipo de ataque que ele mesmo proferiu na direção contrária nos últimos anos.

Da coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão

Flávio Dino negociou propina dentro de gabinete, diz delator

por Jorge Aragão

O Estado – O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), tratou do recebimento de recursos de caixa 2 para a campanha ao Governo do Estado de 2010 dentro do seu gabinete na Câmara dos Deputados. A revelação foi feita pelo delator José de Carvalho Filho.

Em depoimento à força-tarefa da Operação Lava Jato, o ex-funcionário da Odebrecht detalhou o pagamento de R$ 200 mil à campanha de Flávio Dino em 2010, em troca do apoio do comunista, então deputado federal, ao Projeto de Lei nº 2.279/2007, de interesse da empreiteira, na Câmara dos Deputados. Outros R$ 200 mil foram pagos na campanha de 2014, segundo ele, de forma oficial.

A proposta, então em tramitação na Câmara, garantiria segurança jurídica a investimentos da construtora em Cuba, em virtude do embargo econômico dos Estados Unidos às ilha comunista.

Aos 4m45 segundos do depoimento, um dos investigadores pergunta a José Filho se ele entregou ao então parlamentar a senha de acesso ao Drousys – sistema de informática paralelo da Odebrecht, de acesso restrito, para pagamento e controle de propinas – no gabinete. “Pessoalmente a ele”, confirmar o delator.

Flávio Dino afirma ser inocente, por não ter sido autor de projeto que teria motivado a negociação com a Odebrecht.